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NO PRÓXIMO TERERE SEMPRE UMA PROSA

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

HOMENS É O QUE SOIS E NÃO MÁQUINAS



FONTE: arquivo pessoal
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 FONTE: Pinterest
Fonte: Pinterest
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FONTE: www.jaunted.com

FONTE: bacabuda.com

Gostaria de não me encantar tanto por animais selvagens, como tigres, leões, principalmente, e outros. Gostaria de me encantar mais com vacas, na hora que o pensamento se faz um tanto poesia ou todo poesia. Não consigo. Embora compreenda que vacas também podem ser poéticas; certas vacas, inclusive, inspiraram magníficos compêndios poéticos; mas essas são outras vacas, tenho me referido mais àquelas dos prados cultivados.

Afinal, meu animal silvestre regente é o cisne; apesar do fascínio mais antigo, por leões, me regem os cisnes brancos ou negros que, "caseiros", não perdem o estado de selvagem... tem algo de indomável, de livre, fascinante...

Para mim, o cisne representa coisas inalcançáveis, que admiro em pessoas. O silêncio sem concessões... Aquele silêncio que não é arrogante, não é arquitetado, estratégico... Um silêncio que não é mágoa ou ressentimento, não é nem mesmo isolamento do mundo, É apenas silêncio, a capacidade de se desligar dos sons e de tudo que os represente; um silêncio capaz de segurar o ar e tudo que nele está acorrentado.

Não são poucos aqueles que veem no cisne o signo da fidelidade, além da beleza e de outros predicados. E a fidelidade é algo sempre admirável, pois, por mais forte que seja, tem algo de esguio. A fidelidade que admiro é difícil de explicar, mas, como o cinema e a literatura explicam tudo, posso dizer que “Três enterros de Melquíades Estrada”, com Tommy Lee Jones, é capaz de dar cabo de boa parte da explicação sobre a fidelidade que me encanta. A obstinação subjetiva.

Já ouvira, disse, que o cisne é um animal fiel. Que, magnificamente, quando morre um “dos dois”, o outro guarda eterna viuvez. Isso não é coisa pouca... penso... Isso os põe junto com Dante, que foi estúpida e maravilhosamente fiel a uma Beatriz que criou de e sobre a Beatriz real.

Os leões são carnívoros. Penso o estado carnívoro como uma das insanidades humanas contrapostas na decisão de ser humano... Se pensarmos um pouco, de verdade, sobre o que é um frigorífico, sobre o que representa a morte animal em larga escala, para que possamos reinar absolutos no topo da cadeia alimentar, é possível amarmos mais as alfaces... 

Já tentei ser vegetariano, infelizmente o resultado se mostrou muito pior que minhas tentativas de regime. O filme Matrix tem coisas demais para as pessoas se lembrarem coletivamente (aquilo de “você se lembra daquela cena...?”, “sim, sim... e você se lembra daquela outra em que...?”). Em Matrix, Cypher, golpeia de garfo um belíssimo bife mal passado e diz “eu sei que esse bife não existe...”, bem... a lembrança é tão válida que há vários blogs que falam sobre isso, e já ouvi vários cinéfilos amigos meus tocarem no assunto . E estou com o Cypher, embora contra minha vontade consciente. Adoraria ser vegetariano, comer brotos, sementes, folhas, flores e frutos e me sentir estomacalmente zen... Mas, um bife de alcatra, grosso, ao ponto, que seja, nem precisa ser mal passado... UAU!!!

Então o cisne é um excelente signo. E parte da essência desse magnífico ser será usado por mim em muitos de meus projetos signais.  A ver com beleza e ética, talvez verdadeira base de toda fidelidade sana, saudável. Homens é o que somos, significados em cisnes e fidelidade ou em tudo o mais de qualidade que represente a ética no melhor que seja. Ao nos simbolizarmos em animais, não retrocedemos, evoluímos, em termos, se "vamos e voltamos para nós", em um trabalho magnífico de reflexão, de ótima produção de excelentes espelhos que são, em outro nome, a auto-crítica.

Antes de tudo, creio, precisamos, se não conseguirmos ao menos tentarmos para valer, ser fiéis a nós mesmos, pois o que fazemos fica escrito em algum lugar; nisso acredito, que somos homens da escrita, somos palavras, como "homens e não máquinas" e que tudo é e fica, de alguma forma, escrito.

sábado, 27 de dezembro de 2008

O DESPERTAR DE UMA PAIXÃO E O VÉU PINTADO

FONTE: www.bu.edu
FONTE: www.fantasticfiction.co.uk

FONTE: i15.photobucket.com
FONTE: www.setonline.com.br

FONTE: www.stella.retrobits.com.br
FONTE: cinema.ptgate.pt

FONTE: tatianna.zip.net e minhavidadecinefilo2.zip.net
FONTE: theasylum.wordpress.com

Às vezes, quando penso em reclamar da idade, por não ser satisfatória, da impossibilidade de haver um botão mágico que me faça retornar aos vinte anos, penso também o quanto a vida pode ser entediante.

Mas, por enquanto, apesar de o tédio ser um ataque constante, é o inimigo que derroto mais facilmente, até com uma boa masturbação o ponho à nocaute, ou com uma Heineken (quando ainda bebia).

Falando em masturbação, estou com 45 anos de idade (à época da blogada; pois sou de 1963) e não tenho o mínimo de uma idéia bem embasada sobre a masturbação feminina. 

Comento isso porque em blog escrevemos de tudo e para todos, e fico pensando, qual o efeito na cabeça de uma mulher comum ao “ouvir” a palavra masturbação. 

Acho que Deus é mesmo o bam-bam-bam, e determinou certinho que temos que bater as botas; porque a vida é belíssima, fantástica, mas chega a seu tempo. Temos que ser julgados, perdoados, ou passar uma temporada com os diabos e partir pra outra etapa de sensibilidade. 

Há momentos em que não dá pra agüentar mais, nada do mesmo. Tem horas que ouvir e ver é um porre. Ainda mais que a falsidade necessária ao cotidiano é indesviável “bom dia!” (putz, que vontade de esganá-la, essa falsa...). 

Bem, Somerset Maugham nasceu para escrever. E nasceu para escrever a coisa mais gostosa que existe na literatura, um bom romance. Escrever bons romances não é fazer bolinho de chuva. Que o diga Sartre, dono de uma mente fantástica, e que respirou livros desde a infância “desconfio do poder que existe nisso” (ele não sabia ler ainda, mas fingia ler, com livro ao colo) e escreveu tanto e de forma tão complexa que até hoje não o entendem bem, mas não escreveu romances, propriamente ditos (embora haja críticos que contradizem isso). 

Num artigo após sua morte, Paulo Francis nota que Sartre morreu esquivo, misterioso em suas coisas, mesmo tendo sido tão atuante e virulento naquilo que pensava. Um dia, influenciado por minha lenga, um grande amigo, Gustavo, que hoje está em Londrina, baita sujeito, com o grave defeito de ser corintiano (ninguém é perfeito), inteligente e inclinado à cultura geral, resolveu ler Sartre. Acho que começou pelo “O ser e o nada” e me relatou a experiência “Jorge, li um pouco, joguei o livro em uma das paredes e nunca mais quis saber de livros do Sartre; ‘jamais leio esse cara novamente’”. 

Há críticos não cerimoniosos que simplesmente apontam que entre os grandes escritores Sartre escreveu os piores romances “existentes”. Maurice Blanchot o resgata num trabalho chamado “A parte do fogo”, mas Blanchot é capaz do que quiser em crítica literária. 

E Somerset, já falei dele em blogada anterior, é, sim, um mestre dos romances; com uma escrita muito, mas muito acima da média dos grandes; ele é mesmo refinado, genial. 

Em “O fio da navalha”, para mim escreve a história que poderia ser a única que escreveu e com tal seu nome deveria ecoar por todo o universo com outra palavra colada: “romancista, o romancista”... 

Em "O Fio..." ele nos mostra um sujeito que resolve buscar Deus, no mundo, por todo lugar onde digam divino, no mundo. E chama a noiva linda para ir junto, ela não vai, ele a deixa e parte... Ele já começara a busca em horas infindáveis nas bibliotecas, onde pega "pistas..." de onde esteja Deus. E vejam, ele encontra Deus. E não pensem em bobagens carolas, é outra coisa que ele encontra; quem leu o livro sabe, quem não leu, tenha uma boa notícia, fácil de encontrar pelos sebos presentes na Estante Virtual. 

Mário Puzo trata cirurgicamente em “Os tolos morrem antes” de como o cinema lida, às vezes, na verdade muitas vezes, porcamente com os escritores, lhes tomando sangue suor e lágrimas para transformar em porcaria e dólares. E há nisso reflexos de uma indignação coletiva entre escritores e leitores. Sendo assim, é coisa feia quando pegam um escrito e transformam numa merda de filme.

Amo o cinema, amo talvez tanto quanto a literatura, às vezes... Mas, o cinema sabe esculhambar a escrita quando quer, e se fazer de inocente... Então, mas com “O véu pintado”. Foi assim: 

CARAMBA!!!!!! O FILME É UM SHOW!!! Se Maugham pudesse verificar o que fizeram, talvez aprovasse; creio mesmo que aprovaria... 

Eu o assisti com vários medos, desde o temor de me decepcionar novamente com versões de grandes obras até o medo de reviver a dor que senti ao identificar a traição artística com minha dor real, na traição clássica que sofrera... Sentir que sim, você perdeu para um tolo. 

Mas perder é parte constante da natureza humana, ser derrotado e reagir modo à poesia “Ser capaz” de Kipling (está via Google em mil cantos da internet) e perder para grandes, não dói tanto...

...Como diz Lúcifer (na obra "O Diabo", de Geovanni Papini) a um dos seus demônios, que o repreende “Mestre, estás aí a escutar hinos, furtivamente, justamente cantados para aquele que te derrotou?”. “Tolo, -responde- não sabes que o destino do derrotado é para sempre ligado ao vencedor, quando se trata de uma grande batalha? Ah se eu soubesse que tipo de seguidores teria ao empreender luta contra Deus... Talvez não tivesse empreendido a revolta”. 

Pois bem, perder para grandes pode ser até uma honra... Mas voltando para o filme. Edward Norton, como sempre, é um espetáculo dramatúrgico à parte, como também o é a atuação apaixonante de Naomi Watts (aquela de King Kong). Olha, eu não esperava tanta competência, não esperava que fizessem não somente jus a Maugham, mas se superassem em tempos de cinema tão comercial.

Creio que vendo o filme podemos sentir que entendemos ao menos momentaneamente, algo que jamais conseguiram explicar direito, o amor conjugal. Entendemos o quanto há desconcerto escondido na arrogância da linguagem escrita, incapaz de sozinha dar cabo de um conto em todas suas possibilidades. 

Maugham escreveu algo fantástico e eu pensei à época “só em romance escrito”, pois bem, vem o cinema e... ...vejam o filme, que tem outro nome, e acho que muitos que lerem o blog já o assistiram. Meu filho, jovem de 17 anos o assistiu e, inclinado muito mais à aventura e outros gêneros mais de ação, ficou de boca aberta, gostou mesmo. E aconselho, assistam novamente... Sim, mais de uma vez... “O despertar de uma paixão”... Eu acredito que aquilo existe, e acredito que não esteve tal capacidade, infelizmente, ao meu alcance... A maneira como ele pôde amá-la... uma vez, duas vezes... “O despertar de uma paixão”, “O véu pintado”... Maugham... antes da literatura, a contragosto fez medicina, mas nem quis saber, pois já aos quinze anos uma angústia lhe dizia: "Escreva histórias, escreva romances, opere almas e não a carne..." Felizmente ele ouviu a própria angústia. Neste endereço o Wikipédia honra a angústia maughamniana com um pequeno aperitivo sobre o autor, http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Somerset_Maugham. Vale, mas, o filme é “outra história”...

domingo, 21 de dezembro de 2008

AO MESTRE COM CARINHO

FONTE: adnaclima.blogspot.com
FONTE: http://www.mundopt.com/ e intemporal.blogs.sapo.pt

FONTE: http://www.casadacultura.org/


FONTE: http://www.alvodomundo.zip.net/



FONTE: titaferreira.multiply.com

FONTE: alexandraribeiro.spaces.live.com

Em 31 de julho de 2009 não terei mais 45 anos. E carregando esse registro parece improvável que eu ande levando puxões de orelhas. Mas levo, sim. E de pessoas que para mim são titãs amados. Não escondo que amo a Maria Emília e o Contini Jr, além de outros professores. Amor é uma coisa que tem explicação sim, mas até um ponto, a partir dali empresta muito da melhor parte do eterno mistério chamado Deus. Mesmo para um ateu -irreligioso- é bastante confortável contar com essa referência. Os dois me puxaram forte a orelha, principalmente a Maria Emília. “Jorge, uma vergonha te ver passando em Lingüística com uma nota mísera destas, trate de recuperar-se no tocante não só à lingüística, mas também às outras matérias não diretamente ‘literárias’. Admiro-me muito quando vejo vocês declarando amor à literatura sem se ater que ela é fortemente ligada a outras matérias como lingüística e línguas estrangeiras, dentro do Curso de Letras”. Olha, ela disse umas “cositas mas”, todas publicáveis, pois, para quem não conhece a ilustre professora, e para quem conhece mas não conhece, saibam, ela é dura às vezes, mas elegante e generosa. E, como os grandes escritores, prefere usar a ironia fina para eventos que pedem acusações do que a rusticidade de colocações diretas desconcertantes. Sim, eu a amo e reconheço nela um enorme potencial que infelizmente vários acadêmicos, aí me incluo, não sabem ou não souberam muitas vezes aproveitar. E os justos sempre dirão que ela dá de conteúdo não somente todo o previsto legal, mas muito mais. E observando o imenso volume de atividades que a ela e outros seus companheiros é dado, isso é no mínimo admirável. Quero realmente que os puxões de orelha que ela me deu ardam tempo suficiente para que eu me recupere quanto à lingüística. Sabe-se que a atualização, em todos os campos não se trata de uma escolha e sim de indesviável necessidade profissional. Hodiernamente -e talvez tenha sido sempre assim- a atualização é imprescindível. E creio que atualização não significa apenas ler as últimas informações, significa ler também informações primordiais. Outro ilustre professor, o professor doutor Genésio sempre cita Marilena Chauí, com propriedade, logicamente, como sabe fazer. Aliás, é outro professor que tem uma verve inesgotável de colaboração para os reais interessados. Neste mesmo blog tem uma entrevista com ele, nela aponta as razões positivas presentes no empreendimento cultural, este tão necessário a qualquer Estado sério. Pois bem, em Marilena Chauí verifica-se o quanto atualizar-se é também ir ao passado ao mesmo tempo em que ao futuro. Enfim, o miolo desta blogada é o puxão de orelhas, aliás, os puxões de orelhas. Espero muitas coisas de 2009, como todos sempre esperamos de um ano novo. Espero principalmente que minha vontade seja repleta do lado bom da força e que ative atos importantes, como um resgate sério às matérias que levei insuficientemente resolvidas de 2008, como demonstram as notas que significam um alerta ao qual não se furtou a prof Maria Emília. Aos 45 anos não temos mais 17 anos, levei 45 anos para descobrir isso. E levei outros 45 para descobrir que aos 45 anos pode ser muito gostoso ter 17, e que levar um puxão de orelhas pode ser uma honra, além de sorte.
O clipe abaixo é sobre a história de um professor, no filme “Ao mestre com carinho”. Quem o assistir -o filme completo-, se sensível, além de chorar ao chegar ao final, com a canção de Lulu, pode, pela condição de ter sido criado numa cultura doutros tempos, achar o filme ingênuo. Sim, pode ser ingênuo se contrastado com a realidade atual e atual cinema, mas, infelizmente, ela aponta para uma ingenuidade do futuro, essa sim, bastante perigosa... A ingenuidade de que a disciplina e amizade verdadeira entre alunos e professores é uma equação simples... E pior, a ingenuidade de que é uma preocupação desnecessária ou que deva ser tratada disfarçadamente em outras comportas do processo do saber e da educação... ou muito pior ainda, tratada com oportunismo e falsidade... Oh Deus, salvai-nos, Rosana nas alturas, Rosana nas alturas...
OBSERVAÇÃO, CLIQUE DUAS VEZES NO "PLAYZINHO", INSISTA, E VEJA O CLIPE.

sábado, 13 de dezembro de 2008

FÉRIAS - NOMINAÇÃO IMPLACÁVEL

FONTE: www.xr.pro.br
FONTE: manoel.eti.br

FONTE: canetadeprata.zip.net
FONTE: queirosiana.blogs.sapo.pt
O Huanderson, fã inveterado de Bruno e Marrone, e um dos sujeitos mais belos que conheci, -quando olhado com a mais libertária das chaves e das lentes, a simplicidade (descomplicação)-; me disse certa vez, logo ao início de minha amizade com o micro: “Jorge, eles também precisam de descanso...”. E me ensinou naqueles idos dias dos quais tenho tanta saudade, como é que se “desfragmentava”, uma estratégia tecnológica que dá ao computador certo sossego, através de uma reorganização estrutural em seus arquivos de sistema. Até hoje sou semi-analfabeto em operações com computador, qualquer criança que começar a lidar hoje com um deles, amanhã saberá mais que eu. Mas procuro dominar ao menos o básico, aquilo que me possibilita fazer o que mais gosto e aquilo de que mais preciso... Gosto de navegar atrás de poesia -em sua plenitude, orkut, cinema, esportes, mulheres belas, música, curiosidades, e escrever-, e preciso de fontes de pesquisa para os variados trabalhos nos quais auxilio -tccs, monografias e tals- O Huanderson teria me dito, “'tudo’ precisa de certos momentos de paz, de sossego, para funcionar bem, até 'esse trem aí'”.
Quando Charles Chaplin massacrou um dos meus romancistas favoritos -Somerset Maughan-, (((( pause - quem ainda não assistiu "O despertar de uma paixão", baseado na obra 'O véu pintado' de Maughan, como diz o prof Nolasco, 'saia de fininho', vá na locadora, passe na farmácia e compre lenços descartáveis, e assista... Deus!!! Que interpretações... que filme..." ))))) foi porque o infeliz escritor de “O fio da navalha” ousou dizer que a pobreza tem glamour, tem um conteúdo de felicidade só alcançável aos pobres. Amo Maughan, mas mereceu as “pauladas” que tomou de Chaplin que afirmou “o principal que existe na pobreza é pobreza e vontade de ter uma melhor vida material, portanto mais feliz”. Essa piada que rico conta pra pobre ficar quieto, assim como a religião traz a história de que devemos amar a pobreza porque é chave de Céu, saiba-se, não é coisa engolida pelo geral das pessoas que olham o mundo. Chaplin não só deu uma resposta teórica aguda a Maughan como fez com que todos que amava vivessem um glamour bem diferente do que o dos pobres realizados através de sua arte, a mãe de Chaplin morreu imersa em grande conforto, só para dar o principal exemplo.
Para mim, as férias são um objeto que separa mais definitivamente o rico do pobre. Mas não posso ser injusto com meu passado nem me vestir de auto-piedade, tive até férias gostosas na infância, porque a pobreza diminuia um pouco nesses tempos... Vinha um dinheirinho a mais, e eu tinha uma avó, bem, eu tinha uma AVÓ... Mas meus olhos implacáveis, precoces no olhar poético, percebiam que existia alguma coisa de muito errada no que chamavam de natal em vermelho e branco, e de Férias... De alguma forma eu sabia que passavam açúcar em nossos lábios no caminho para as rabanadas... Meus olhos de menino miserável “liam” que a explicação de Férias, era muito mal apresentada... E de alguma forma eu percebia que aquele ensaio de melancolia em meu coração tinha algo a ver com Karl Marx. Até hoje não sei direito quem foi Karl Marx. Antes desconfiava demais dele, pois só Pol Pot mandou pro saco dois terços da população de seu país com o comunismo, Stálin matou quase toda a intelectualidade russa e vejam na Rússia o que deu o comunismo, e tem tantas outras cositas mas... No entanto, começo a pensar que pode ser bom sujeito de se ler, a partir de Rosana Zanelatto e do Robson... Ele, didático na abordagem diz “Marx diz que...” . Bem, e diz com uma segurança, e com um jeito daquelas pessoas que começam a contar sobre comida de um jeito que quase nos faz correr atrás da dita todo aguados na boca. E Zanelatto, com aquele seu jeito que ninguém tem mesmo, um jeito que agradeço aos céus de ter conhecido, diz “Sim, Jorge, deves ler Karl Marx... ele nos ajuda a compreender melhor o momento histórico em que vivemos, e não só isso... Ele é literatura...”. Um dia eu disse para ela (professora Rosana) que entre tantas coisas que ela me desperta na literatura, me faz lembrar de um guarda, personagem de Verne, que ao ser perguntado pelo especial Lacaio de Fíleas Fogg sobre a fragilidade de uma ponte, respondeu que “é... se quiserem passar... mas podem cair...”. Fíleas perguntou: “qual a nacionalidade dele?”. Fura-Vidas, o lacaio, informou que era estadunidense e Fíleas concluiu, “é, podemos cair...”. Rosana Zanelatto é uma aula constante, principalmente sobre o que mais incomoda na literatura... a liberdade... e dá a aula com total anuência à liberdade de participação, uma real anuência, nada sei de seus pensamentos, mas que a liberdade à qual me refiro é totalmente efetiva, isso é... Benditos os abençoados que puderam dela ter aula ou conhecê-la.
Férias, estou chegando perto de concluir a blogada e não gosto de finais infelizes... E não gosto de mentiras, e blogar é uma coisa filho da puta de “e agora?”... rsss . Mas putz, férias me faz realmente ver o lado mais sacana da humanidade... O cinismo toma proporções gigantescas, o mercado nunca parece tão bonzinho, e afrouxamos tudo em nós até as chuvas e a realidade virem juntas com enchentes para os mais desafortunados e goteiras para os menos desafortunados... Alguns dizem “é um momento de reflexão...”. É, talvez seja isso, como no computador, uma desfragmentação, um momento de sossego, de reordenamento de idéias, de balanço sobre as coisas, férias... férias e papai noel talvez existam para quem não deixa a fé desmoronar ou ser eterna fumaça como entre os poetas que nascem marcados pela melancolia...
Escrita... rsss... ô coisa, quando comecei essa blogada só queria dizer que as férias mostram quem somos, somos momentos... como em final Fantasy... momentos lindos, ou intermináveis momentos a espera de mais momentos lindos, distantes do sacramento chamado realidade... lembra-se do que é sacramento? Eu não lembrava mais, olhei no Aurélio, e o Ferreira 2004 me confirmou "é isso aí mesmo '...' ".
FÉRIAS? MIL RESPOSTAS... UMA? PERÍODO EM QUE A FANTASIA É CAPAZ DE SOBREPUJAR COM MAIOR FORÇA... PERÍODO EM QUE A FANTASIA FAZ COM QUE O HOMEM VOLTE SER MENINO... O FAZ LEMBRAR QUE CONVERSAVA COM ÁRVORES... E QUE VENCIA BATALHAS E BEIJAVA AS PRINCESAS... E QUE AS MULHERES VOLTAM A SER MENINAS... QUANDO AS RISADAS ERAM TÃO MAIS LIVRES E A CERTEZA DE QUE O PRÍNCIPE VIRIA ERA GRANDE...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

CREPÚSCULO SOBRE O LEÃO

FONTE: omundodosol.wordpress.com
FONTE: www.lion-picture.com

FONTE: www.retire-asia.com


FONTE: profile.myspace.com



FONTE: arte.vital.zip.net

FONTE: theblacklion.org


FONTE: http://www.clarkvision.com/


Sabemos que a vida é uma soma complexa de coisas. Também não é preciso uma grande reflexão para desconfiarmos o quanto somos pequenos sob as forças que nos construíram e construíram tudo a nossa volta. Sou ateu, afirmarei isso até o segundo final de minha vida. Cuspo nas crenças tolas, mas acredito em Deus, oro, peço coisas, até sorvete de baunilha se me dá na telha. Mas, penso que sou bastante responsável em minhas orações e as confesso aqui. Digo “Deus, em primeiro lugar de tudo, cuida de meu filho, zela-o com os melhores anjos e arcanjos sob tuas ordens, nada deixa acontecer ao meu rapaz, Senhor Deus nem mesmo um milésimo de segundo afrouxe a guarda sobre este a quem amo sobre tudo o que existe no mundo, meu filho é minha luz, o sol que aquece todas as partículas vitais de qualquer coisa de meu universo, é a água que aplaca toda aridez e semente de revolta de qualquer coisa, é sim, meu filho que regula a calma de meu coração perante um mundo que tem muito mais convites para a guerra que para a paz... Senhor. E dá o suficiente para que vivamos, preciso de dinheiro, através de meu trabalho; dê-me. E já que o Senhor parece ter resolvido não me dar mais chances em relação ao amor, ao menos me favorece quando puder, em relação ao sexo, preciso de sexo, Senhor". Creio em Deus. Então que diabo de ateu sou? Sou irreligioso, respeito meus amigos sob religiões, mas isso não me obriga a engolir a enfadonha melodia preganhosa. Sou avesso ao mesmismo, se esse mesmismo não é extremamente necessário. E a auto-ajuda barata, a auto-piedade que cobre a covardia constante, para mim não é necessária, se preciso esconder a covardia, que seja com uma gota de dignidade, ao menos. Para mim a complexidade da vida é uma evidência que não dá chances à contestação alguma. Meus heróis, a partir de Saramago, Nietzsche e Robson (estudante de Ciências Sociais da UFMS), toda vez que abrem a boca, mesmo que seja com a simplicidade espontânea de um caipira verdadeiro (verdadeiro eu disse, e, Robson, claro que não estou te chamando de caipira, nem a Nietzsche, embora isso, de muitos modos, seja honroso), só vem a confirmar isso... A vida é um emaranhado de sonhos mal esclarecidos... Somos uma travessa de gelatinas coloridas, brancas, negras ou cinzas... e nossa regência tem sim chances, mas são parcas, e o avançar do tempo estabelece regras inflexíveis para que mesmo que não queira, mesmo o mais tolo dos homens, meu caso por exemplo, chegue a meia dúzia de reflexões severas mas imbatíveis finalmente. Elas serão os samurais, os anjos, os guardiões da chance de não morrer idiota. Então, que ateu sou eu? Apenas irreligioso, sou mais crente em Deus, penso, às vezes, que muitos que esfregam joelho e vão perfumados aos templos. Combato meu egoísmo, tenho uma língua venenosa, uma língua filha-da-puta, e a combato, procuro realmente amar os amigos a quem confesso amar... Procuro construir um pequeno planeta para me salvar e salvar alguns, mas me compadeço mesmo dos mais filas-da-puta ingratos que me atravessam a picada... Sabe, sou um ateu fajuto... Sou o último moicano de uma tribo cansada que morreu um a um feliz, afogado em melancolia, sou um novo poeta, ainda na casca do ovo... 2010 verá nascer o poeta que esteve por vir desde 1963... Eu, eu me anuncio, e não vou sozinho, e não consigo sozinho, não consigo sem Deus, não consigo sem meu filho e minha mãe, não consigo sem amigos verdadeiros que tenho, mesmo que nesta mesma turma de amigos, tenha uma meia dúzia de cretinos egoístas, não consigo sem professores maravilhosos, que desentortaram em minha mente coisas tortas há mais de três décadas, Professores maravilhosos a quem não posso nominar pois poderia ser injusto e esquecer por infelicidade um nome... apesar de que todos sabem sem segredo que meu espelho perfeito é a Rosana Zanelatto -Literatura-, e que amo a Maria Emília e o Contini, e não por isso acho os outros menores... Sei do risco de me aproximar da pieguice, mas o corro, acho que vale a pena... Vale a pena correr estes riscos tão pequenos, ainda mais que já corri tantos outros e minha vida esteve tão perto de acabar muito mais de uma vez... A morte virá, não sei quando, mas Deus, segura aí, não a mande até que eu escreva realmente todos os livros primários que vão ao forno nos próximos dois anos, e antes de umas dez coisas especiais que quero ver acontecidas... (entre elas, mais livros). Segura-me até os setenta, se possível, ou melhor, um pouco mais... E que coisa melhor ainda que o viagra inspire alguém inventar...
Oh Sol, meu sol, meu Deus, o Deus Sol, todas as manhãs disfarçado de sol, Sou o velho leão, já não mais com todos os dentes, um velho leão melancólico, um tanto sonolento, e lento, meu sol, mas nasci leão, fui leão e montei leoas maravilhosas, fiz um leãozinho tão lindo que acho que sobrou beleza nele, Sol meu sol, disfarçado de Sol, meu Deus, calor a todos, água a todos Senhor, pão a todos, poesia a todos... rock e porcaria musical a todos, Senhor, Lux... Sou um velho leão, Senhor, abençoa-me... Eu rugirei a poesia pois fiz todas as batalhas da aventura e sobrevivi, não é hora de morrer, é hora de escrever, Sol meu sol, Leão eu sou... Leão Sol...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

"EU VI COISAS QUE VOCÊS JAMAIS ACREDITARIAM..." (ROY -RUTGER HAUER- EM BLADE RUNNER...

FONTE: blastshieldsdown.blogspot.com
FONTE: octopusg.blogspot.com

FONTE: www.devo.com
FONTE: www.rlslog.net
FONTE: www.virginmedia.com
FONTE: www.aleac.ac.gov.br

Talvez eu tenha magoado um bom amigo. Aliás, o Bira (não é o Bira que magoei) tem movido um exército argumentativo, arrazoado, como sempre, quando se trata do Bira, procurando me convencer que a idéia romântica de amizade vale a pena, que existe amizade. Sinceramente, há muitos anos acredito em amizade o mesmo tanto que em um grande amor, em se tratando de minha percepção de vida.
O amor e a amizade dependem de um exercício formidável, de forças notáveis. Amizades só sobrevivem porque não escapam da miserável regra “a base da sociedade é a mentira”. Quem disse isso? Reny, ou Renny, ou Renné, mas entende-se Reni, personagem central dos filmes dos vocabulários realistas mais ricos que já assisti em minha vida, “O declínio do Império americano” e “Invasões bárbaras”. Entenda-se o que ele quis dizer.
Interpretação,
Oh, sobrevivência da mediocridade sobre as reais chances do humano totalmente humano...
Essa merda, a interpretação, e esse ouro, a interpretação, viram só? Então... é responsável pela magia bonita e pelas desgraças de muitos atos, ações, responsável pela fuga de uns deixarem que outros conduzam seus cérebros, interpretação... Coisa próxima da influência: interpreto, então digo, e eis a influencia, meia dúzia de trouxas acreditam, fazem mais 12, 12 x 77, mil setenta e sete, e pronto... Mas, às vezes não, Interpreto, digo, creio ops, tiremos o creio, digo “acho que”, e uns rebatem, outros abatem, mas não tanto, a idéia sobrevive, gera, contra-atacam, dialética, tese, antítese, síntese, tese... Enfim, adoro a discussão, principalmente quando me provam o contrário e mudo de idéia, ou o reverso disto.
Conversei com o Robson, ele faz Ciências Sociais, é um sujeito que brilha, sim, no primeiro ano (este ano, 2008), ele passou com uma turma; ele com o nariz de palhaço, apito na boca, movimentando-se contra o que chamaram de tirania do poder universitário por outras palavras... Lembro-me quando ele começou a jogar xadrez no velho Íris, era motivo de piada, poucos meses depois, era um “inimigo” desconcertante, mais alguns, entrou para os vinte melhores enxadristas de Campo Grande, confirmado por ranking... e ninguém do cyber mesmo, o vencia, então... Era meu pato, hoje sou o pato dele, comemorei uma vitória em que o distraí em sua paixão por Karl Marx, e ao perder, estendeu a mão e me cumprimentou... Aí pensei “perdi umas vinte para ele nestas semanas e não o cumprimentei uma vez sequer... que merda”.
Mas não foi o Robson que magoei, ele é uma pedra dura nesse sentido, não creio que seja fácil de magoar, e não creio que eu tenha esse poder sobre ele, além do mais, nossas idéias, salvo que sou ultra direita light e ele ultra esquerda light, não rola isso. (observação, não faço a mínima idéia do que seja ultra-direita light, mas sou dela, ok?).
Bem, voltando ao que era para ser o “tema” desta blogada, acho que magoei um amigo que defende a idéia da alma humana como objeto de inveja de andróides... especificamente ele fala de Nexus 6, o Roy... Sabe, acho que somos pretensiosos nisso... Acho que o gafanhoto tem uma alma rudimentar, a formiga, o leão, se for o caso de existir almas... Mas a discussão é contextualizada, é sobre o filme Blade Runner, ele (o amigo que acho que magoei) acha que no último momento do filme, quando Roy, poucos segundos antes de morrer, cita coisas que viu e lamenta que todos os momentos que relatou ficarão perdidos como lágrimas na chuva... faz referência ao caso de ele, um andróide, não poder reter, “levar” nada... pois não é humano... e inveja estes por terem alma; e sendo assim poderão “levar” para a eternidade suas lembranças... E o símbolo seria a pomba que Roy liberta menos de 10 segundos antes de inclinar-se morto... Creio que não é nada disso, creio que Roy sente é o cansaço final, uma angústia sobre “qual é a razão dessa merda toda?”, “qual a razão desta maravilha toda, mas, maravilha fodida de efêmera?” (linguagem do Roy, ok?). O tempo... ele percebeu que 40, 400, 4.000 anos de vida, não fariam tanta diferença quanto pensou que fariam no começo da busca que empreende... Que busca, ele mata até o “pai”, o dono da Tyrell Corporation... Roy percebe ao final o que é que faz a memória humana, o compartilhamento... a interação e intertextualidade, pois tudo é texto... E pai, filho, filho do filho, filho do filho do filho, e escritores e outros artistas, uns pais outros filhos dos outros, vão tecendo a memória da história... Não a alma, isso é um mistério nem abordado no filme, a não ser sutilmente... Mas, tantos grandes, e muito mais eu, pequenino fã, temos condições de desvendar para valer um filme tão especial, principalmente especial porque é aberto o suficiente para ser extremamente fechado... putz... rsss


Mas, o mais importante disso tudo, realmente estimo meu grande amigo, apesar de ele dizer que Saramago é chato e que há coerência textual de alto nível em Stephen King... rsss Bem, mas, como diz o Rone, cada um com seu cada um, prefiro um milhão vezes mil setenta e sete o Saramago.

FONTE: Youtube.com , achado por Cunha!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

QUE HÁ MAIS QUE ISSO? CREIO QUE NADA...

FONTE: marcaustico.blogspot.com


FONTE DA FOTO: charagoesquerdo.wordpress.com



FONTE DO CLIP: YOUTUBE.COM



Que há mais que folhas verdes, recém nascidas, clarinhas, disputando palmo a palmo a cabeça para o sol... Que há mais que folhas verdes forte, sem compreender nada do mundo pois perderam o domínio de mundo que a inocência lhes dava... Que há mais no mundo senão as folhas amarelas, estupefatas, descobrindo que a morte ainda não perdeu seu domínio, embora Dylan tenha razão... Que mais há senão a ausência das folhas, muito depois que a vida em leão e mulher atirou-se mortalmente ferida pois um amaldiçoado tirou a razão de suas perguntas, e o homem engatinhou, andou, e depois apoiou-se no cajado... (JORGE, 2008, baseado no que vai abaixo, do filme com Murray e Johansson, e principalmente de "More Than This", canção de "Lost in translation")
Não dou a mínima sobre a revelação de alguns desejos, por exemplo, o desejo sobre os seios enormes da loira no momento (2008) preferida por Allen, enormes, caindo um pouco de tanto peso, bicos nem grandes nem pequenos, rosados... Scarlett Johansson... Bem, na realidade, agradeço ardentemente a natureza pois em um momento acho lindos os seios grandes, noutro a seguir prefiro os pequenos... Agradeço ardentemente à deusa Natureza por me ter feito cão vira-lata, é uma delícia... Pois, mesmo os vira-latas, sabem o segredo de suas fixitudes e a beleza de trocar de amadas de cinco em cinco...
Não sou pornográfico, a não ser o suficiente, aliás, não curto pornografia, se posso me fazer entender, aquilo baratinho... Nelson soube explicar o que é ser pornográfico sem ser baratinho...
A ficha técnica de um filme maravilhoso da filha do Coppola, a Sofia, está aqui: Original: “Lost in Translation”, em português, “Encontros e desencontros” (ôôôô tacada errada).
Bem, o marido de Scarlett, no filme, é um fotógrafo às corridas profissionais (feito por um ótimo ator) que a deixa só. Bill Murray, que felizmente fez esse filme antes de morrer (ainda está vivo), em decadência na carreira de ator (há uma correlação entre vida e arte), propagandeia em Tokyo, uísques miseráveis (mas os faz parecer maravilhosos). Os dois, Scarlett e Murray, com insônia, produzem um perdidos em transação de espaços e tempos noturnos que quaisquer palavras aqui tentando explicar sofreriam com a competição da força esmagadora da “realidade” do filme, e ficariam patéticas. Então só digo que é um clima de uma espécie rara de noturna realidade alucinada, que Marquez consegue em 100 anos.
Scarlett põe uma peruca rosa, e dá um sorriso maravilhoso como o da Isis misturado com o da Isis Jorge... japoneses tontos, como só eles sabem ser, dão um show de alegria no filme Lost in Translation, e minha inveja deste tipo de coisas vai à atmosfera... Hoje o Patrik me deu um abraço, e disse que o nome dele não tem a letra “c” antes da letra “k”. E a Carol Cleópatra Moderna disse coisas que só a Carol Cleópatra Moderna sabe dizer... E a Lourão disse, “mantenha o blog em dia”. Sabe, a Lourão, cujo apelido foi traído pelo Patrik, é uma grande promessa! Eu apostaria nela!

Olha só a tradução... E olha só o clip. Vale também ir no Youtube e puxar a versão do 10.000 Maniacs “More than this”... Um tesão... falando em tesão, hoje a Isis disse para o Patrik... Bem, isso é com a Ísis, mais que com o Patrik, apesar de o Patrik,
Olhem a tradução, vou por na íntegra, que porra de poesia linda!

More Than This (tradução)
10000 Maniacs
Composição: Indisponível
Mais Do Que Isto Eu podia sentir na época, Não havia nenhum modo de saber:Folhas caídas na noite, Quem pode dizer para onde elas estão soprando? Tão livres como o vento, E esperançosamente aprendendo Porque o mar durante a maré Não tem nenhum modo de voltar...Mais do que isto - voce sabe que não há nada...Mais do que isto - me diga uma coisa...Mais do que isto - não há nada...Foi divertido por um tempo, Não havia modo de saber: Como o sonho na noite, Quem pode dizer para onde estamos indo? Nenhuma preocupação no mundo, Talvez eu esteja aprendendo Porque o mar durante a maré Não tem nenhum modo de voltar...Mais do que isto - você sabe que não há nada...Mais do que isto - me diga uma coisa...Mais do que isto - você sabe que não há nada...Mais do que isto - você sabe que não há nada...Mais do que isto - me diga uma coisa...Mais do que isto - não há nada... (FONTE DA TRADUÇÃO: LETRAS.TERRA.COM.BR).

sábado, 15 de novembro de 2008

A ÍNDIA DA TORRE NORTE - MUITO APÓS O "DESCOBRIMENTO DO BRASIL"



                                                    FONTE: banco.agenciaoglobo.com.br
                                                         FONTE: www.galleryone.com

                                               FONTE: ainterpretacaodotempo.blogspot.com


" [...] Quem modelou teu rosto, quem viu a tua alma entrando, quem viu a tua alma entrar... ...Será que você vai saber o quanto penso em você [...]"

Dizer que é correto aceitar todas as criações imaginativas em nome da arte, sim; mas ou é nicho ou nada de cultura de massa, isso é sempre coisa de algum tipo de tirania disfarçada, principalmente em início de algum objetivo político, geralmente muito ambicioso, ligado a tal infernal atitude de engajamento, arte em política, simplesmente merda.

Embora eu procure respeitar os amigos próximos, quando estão próximos, sinceramente... convenhamos, há patamares... A abelha operária é tão linda quanto o leão, mas o leão, bem... ele é o leão, sabe? Falando em “sabe”:

Oh Renato Russo, poeta imortal, poeta do mais fino e raro composto vital: pessoa estelar: “tenho andado distraído...”, pois me disseram que “o futuro não é mais como era antigamente”, (Seu Deus é ao mesmo tempo três, e vocês mataram um?), "Só a verdade é que liberta, venha que o que vem é perfeição...", "Descobrimento do Brasil", Renato Russo é genialidade, fim de papo.

A ÍNDIA NA TORRE NORTE

Quando pego a estrada norte vejo uma mulher no alto de uma torre, seus cabelos de índia americana e seus olhos de uma prisão estranhamente consentida -e não, pois é da ampla existência histórica patriarcal- 

Suas palavras doces e balbuciadas são ouvidas por mim ao longe da estrada... Não come pão, não toma água, come somente mesma marmelada que lhe dão, um mingau mágico, dizem entre si;

Oh, Natureza, tão estranha, porque dá esses caminhos raros por onde vemos mulheres nas torres?

Na torre norte não me sinto forte, mesmo nos momentos insólitos que fogem da dama, não consigo ver um segundo, aquilo que Dionísio disse “Tomem! Isso é de vocês, amem;

Oh torre tão bem construída, de que me adianta entrar pelo teu luminoso pórtico para os visitantes e errantes, de que adianta entrar pelos portões abertos com dobradiças atiçadas pelo mel, se encontro um anjo de costas, mentindo que gosta desse eternamente infantil carrossel;

De que me adianta saber que tudo está feito, que tudo é direito, que tudo é perfeito, se sou eu a chorar o não ser, o não sentir, não ver;

De que adianta a mim saber que essas contas inseguras nada valem, são joias de um terço de novena mentirosa, é baixa prosa, dá pena, que adianta a mim o saber, se não consigo o ato de coragem para no tempo guardar, o segredo do sul dos paladares... 

O chegar na ilha, pertencer/ter, paladares... Oh resultado, mero cansaço, mera compaixão pela esguia mulher da torre; ela até queria, nem mesmo sabe, mas tudo que diz a entrega, queria;

Tão linda, sequiosa, pequena, magra e gostosa, seguramente ansiosa, mas... sem a si própria há anos que perdeu conta, hoje só trêmula memória, lembro que sempre aquela guarda, algum tipo de remorso, constante, na nossa
prosa...

E a torre, passa, continua e passa, e a índia, americana, dos filmes de John Wayne que impregna 
meu inconsciente, das tardes, das tranças desfeitas,

Índia branca amarelada, morena marron glacê, mostarda; fusões perfeitas, montada num marfim de elefante, como se um cisne a possuísse, olha e não sabe, não sabe porque são invólucros de carne e magia; são as carnes, porque são as chamas, mas deixá-la a si, sempre é a melhor saída, porque da última torre somente ela que sabe

Recatai, recatai, recatai, celebrai, recatai, recatai, celebrai tua oração, linda, magnífica índia da torre... índia da torre... 

Se um dia eu não passar mais sob tua janela, tão alta, saiba, acatei teu ser, e sei, que ser não é questão às vezes... O tempo passa, soberano, acima de tudo... parece chover, parece chover... (Dante-Jorge)

sábado, 8 de novembro de 2008

LINDA PERRY, OH LINDA PERRY


FONTE: Arquivo pessoal. (OBS, SE CLICAR EM CIMA VÊ MELHOR A LINDA LINDA PERRY).


Todos os que fazem o que faço, iniciantes, médios ou grandes, conhecem o olhar irônico e faminto da página em branco. 

Conhecem o perigo que ela representa de nos desviarmos do “a que viemos”, ou de fazer o “a que viemos” aquém de nosso querer, ou pior, a ele causar variados desastres. O texto, hoje em dia não tenho dúvidas, recebido o ponto final e afastamento, é um animal de vida própria.

E conhecem o desconforto que ela, página branca, causa com o semblante que diz, assim desafiador: “o que você tem pra mim?” 

Mas, a escrita blogueana é como “surrealismo geral”, vale tudo nesse "aleatoris framentatum"; há especial liberdade, algo punk, na escrita geral blogueana.  E vim falar da Linda perry...

A LINDA PERRY, OH LINDA PERRY. Sabe, um dia o Veríssimo, durante a escrita temática no Zero Hora (Porto Alegre – RS), com tema duplo, tema 1: a família do Boca, tema 2: as férias... Bem, ele colocou o velhão da família parado e vem a bolinha do frescobol (é esse mesmo o nome do jogo), atrás da bolinha –de fresco-bol- vem uma (vamos usar a liberdade blogueana para não dizer que...) gostosa, tipo uma que “reflexou” os cabelos há pouco (de meu círculo distante de conhecidos), e fala com ele “tio...” E o sujeito pensa: “tio... se ela soubesse do que sou capaz de fazer; tio... queria que ela sonhasse um pouquinho só das estrepolias que”... e diz ele gentilmente “sim, aqui está” (a bolinha do... frescobol). 

LINDA PERRY, OH LINDA PERRY. Sabe, ela não é modelo, não é o tipo curvilínio, ela é quase até meio garrinchona, veja o clipe e entenda o que digo... Mas tenho um tesão danado por ela... Um tesão platônico, ok? Tipo do senhor do Veríssimo que alcança a bolinha de... frescobol... A vida de todos é cheia de tesão platônico; um grego contou que a raposa deu um pulo e não alcançou as uvas e disse ‘estão verdes’. Amor platônico é aquele que não podemos comer... E temos que expressar indiferença.

Mas a LINDA PERRY, OH LINDA PERRY, sabe, eu a desejo pela voz... pode uma coisa destas? Ela tem um rosto lindo... Mas o meu tesão pela Linda Perry vem pela voz... O Macaco Simão (gosto bobos declarados à parte, gosto muito dele) disse um dia comentando o carnaval, que um sujeito ao saber que a Luma de Oliveira desfilaria nua, numa carroça puxada por um burro, escreveu para eles... ‘começo chupando pelo burro’... 

Bem, Linda Perry, ela toca guitarra, LINDA PERRY, OH LINDA PERRY. Seus olhos negros e tristes... seu sorriso lindo... LINDA PERRY, OH LINDA PERRY. Bem, desincorporando esse tarado disfarçado de poeta medíocre, (vamos entender bem o sentido da palavra tarado aqui no contexto, ok? Não sejamos burros. O burro da Luma é de outro contexto...). 

Digamos que o que LINDA PERRY fez no rock foi !!!, ela marcou a ferro e fogo um pedaço grande do tempo, no circuito musical... Às vezes, muitas vezes, um ato é mais importante que trezentas peças... Sobre isso Andy Warhol disse à forma dele “todos tem direito a cinco minutos de fama”. E os artistas às vezes têm direito a cinco minutos de eternidade. 

LINDA PERRY, OH LINDA PERRY, em meu salão de coleção de 5 minutos de eternidade, paro e te olho, o chapéu estranho, a guitarra de pontas de cordas propositadamente espetados em desordem, a força em você, teus lábios, teus traços de mulher negra, teu cheiro de mulher (sim eu o sinto só de te olhar), tua beleza de infinitude... LINDA PERRY, OH LINDA PERRY. (CLIQUE NA SETA, DUAS VEZES SE NECESSÁRIO, PARA VER O CLIPE. FONTE: YOUTUBE).

sábado, 25 de outubro de 2008

QUEM NÃO LÊ A PARTIR DE DERRIDA, É LEITOR MEDÍOCRE...

FONTE: www.sjtalha.net




https://youtu.be/tRGrgcUVMyA


Levei 45 anos para descobrir que minha liberdade de escrita, mesmo tendo, já, algo de livre da própria natureza e fortuna de ter nascido no Brasil, dependia de se assumir raso, melhor, da margem ou se esfera, superfície. Isso trouxe um bom momento, quando me declarei medíocre, pois uma professora, do Curso de Letras de 2007, doutorada na USP, Zanelatto, então não é pouca coisa, tentou me demover de tal opinião e expliquei que o medíocre, aí, se trata de algo fora da restrição léxica. 


Leio literatura desde os 7 anos, já escrevi muita coisa, muita poesia e um romance, além de ter iniciado vários outros (e se eu não morrer ou ficar realmente fodido -impedido total- antes dos 70 ou 80, terminarei tudo que está em andamento e rascunho). 

Mas, sinceramente acho que um professor que me disse que sou medíocre porque não leio a partir de Derrida, tem algo de razão. 

Esse professor da acusação é um sujeito dedicado, é inteligente, não é medíocre, ele lê Derrida. E isso me influenciou, já estou no terceiro ano com vontade de ler Derrida. E algo de Clarice, -ele se declara "clariciano" e propõe Clarice o tempo todo (tempo acadêmico)-, apesar de uma recusa natural que tenho à Clarice e Drumond, procurei me esforçar; não rolou.

Ao fim das contas fiquei enojado da clariciazação, isso me afastou de Clarice, antes mesmo de me aproximar dela. Derrida não vejo bem, na fila filosófica e não sei se arrumarei tempo para ele, a não ser que algo obrigue. Quanto ao Drumond, embora dedique também cordial antipatia ao Diogo Mainardi, creio que ele saca muito de poesia, literatura, filosofia; então Drumond segue dispensado, pois Mainardi não o recomenda bem... Sei, sei, monte de gente fala mal, recusam Mainardi como referencial; mas até o momento o vejo melhor que seus detratores, que misturam muito a política em seus julgamentos do poder perceptivo do cara, em literatura et al.

E minha ignorância, digo mediocridade, me autoriza a isto que foi dito. Bem, estou precisando de um pouco de "Sex/Pistols", de "Clash", de Renato Russo/Legião, de Beethoven -esquecendo que Beethoven é Beethoven-, mas principalmente de Sex/Pistols e Morrison, quem sabe... preciso limpar esta pseudointelectualização que tenta tomar conta de mim... fazer-me fingido que não sou superficial. Não sei de nada, isso sei, (foi acidental a recorrência à Sócrates, vi depois, o "lance") só não sabia até ontem que tinha mais essa especial mediocridade, não li Derrida... Mas, acho que hoje mesmo ou amanhã, depois de uma navegada básica... quem sabe sim.

Olha só o que se diz em Pretty Vacant:

Bonito Desocupado; Não há lucro em perguntar , você não replicará; Oh, apenas se lembre, eu não decido; Eu não tenho razão, é demais; Você sempre nos encontrará "fora para o almoço" Oh, nós somos tão bonitos; Oh, tão bonitos, nós somos desocupados; Oh, nós somos tão bonitos, nós somos desocupados; Oh, tão bonitos; Um desocupado Não nos peça para atender por não estamos nem aí; Oh, não finja porque eu não me importo; Eu não acredito em ilusões porque muita coisa é real; Então pare, você é um crítico barato porque nós sabemos o que sentimos Oh, nós somos tão bonitos; Oh, tão bonitos, nós somos desocupados; Oh, nós somos tão bonitos; Oh, tão bonitos, nós somos desocupados; Ah, mas agora não nos importamos Não há lucro em perguntar , você não replicará; Oh, apenas se lembre, eu não decido; Eu não tenho razão, é demais; Você sempre me encontrará “fora para o almoço”,Nós estamos “fora para almoço” Oh, nós somos tão bonitos; Oh, tão bonitos, nós somos desocupados; Oh, nós somos tão bonitos;Oh, tão bonitos, nós somos desocupados Oh, nós somos tão bonitos; Oh, tão bonitos, ah Mas agora não nos importamos Nós somos bonitos; Um bonito desocupado. 
Nós somos bonitos
Um bonito desocupado
Nós somos bonitos
Um bonito desocupado
Nós somos bonitos Um bonito desocupado 
E não nos importamos (FONTE: http://letras.terra.com.br/sex-pistols/99691/).



FONTE: YOUTUBE

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O ESPÍRITO DE CADA UM, CADA UM...


FONTE: novoscomecos.blogspot.com
FONTE: www.teclasap.com.br

FONTE: alemmarpeixevoador.blogspot.com

DEUS!

DIABO!

Sabe, esses dois, que não sei direito nunca quem são realmente, regem coisas demais, e levam culpa demais por conta de nossa natural covardia transferir responsabilidades.

Bem que tento achar o primeiro de uma forma que gentes de Athenas e sob Príamo fiquem em agrado... Mas... Não consigo.

Saramago os põe em trato um com o outro para que haja o equilíbrio paradisíaco-infernal chamado Livre Arbítrio (assim mesmo, com maiúsculas, afinal de contas maior equação perene não há nos assuntos terreno-celestiais mais agudos)...

Não há motivos para se temer Deus ou o Diabo; o primeiro deve ser generosidade absoluta, e o primeiro é só não fazer tratos ou dever-lhe, afinal.

A VIDA

É curta? Seguramente para a maioria sim...

Será que é isso que nos faz correr tanto e sermos tão ansiosos, tão cada vez mais objetivos, tão mais exigentes da brevidade alheia, cada vez mais distantes um do outro porque dá preguiça ouvir tudo, porque parecemos "adivinhar", prever, até com relativa facilidade, tudo o que o outro vai dizer “logo de cara”, ou porque parece que nada de interessante será revelado no discurso comum, que nos parece cada vez mais enfadonho, cada vez mais sem sentido...

Seja breve! Diga logo o que tem a dizer! Não saia do foco! Seja objetivo... Hoje não tenho tempo! Ah, "tá", a gente se fala... Qualquer hora passa lá (espero que nunca apareça).

As pessoas estão cada vez mais de braços cruzados perante a questão humana principal –ser próximo, portanto humano- vão como lemingues, alegres, embalados por canções que não pedem uma reflexão maior do que “eu e meu ‘amor’” essas porcarias da música açucarada, chorosa e enfadonha; irremediavelmente vão em direção a um grande fosso para suicídios alegres, com a tatuagem:  "espírito construído no vazio...".

E o que enche um espírito? Um “ave Maria”, Dinheiro? O que enche um espírito? Aliás, o que é um espírito? Um conjunto perceptivo complexo contido num ser e estar entre geral e particular? Talvez sim... 

Graças ao meu estranho Deus, sou poeta. Digo isso cheio de orgulho, pois sou o poeta que quero ser... Me falta cultura, me falta mais leitura e mais sabedoria, faltam-me pessoas junto de mim, falta-me uma mulher louca o suficiente, faltam-me mais amigos com mais tempo e paciência, tenho alguns... Falta-me um ganha-pão “sério”, faltam-me tantas coisas; errei tanto e por isso, principalmente, me faltam essas coisas... Mas, me sinto humano,  me sinto tendo algo do Jorge, cada vez mais Jorge Rodrigues, sem perder o Dante Sempiterno, que esperaram, quando solenemente batizaram o bugrinho chorão que veio.

Se cada vez mais triste, é porque cada vez mais sábio; se sabemos, sabemos que há tanto distanciamento entre homens e homens, e entre homens e Deus... Não o deus patético que os mercenários de púlpitos e homens tele-shows vêm miseravelmente fazendo, sim um Deus integrado em um ser constante e ordenado no de que melhor pode oferecer a fantástica Ordem...

Contudo, sou feliz porque sou triste, porque sou poeta, mesmo com tudo que me falta... Sou um poeta, não um bordador, melancólico, maravilhosamente triste, maravilhosamente fiel a um mim, tão mim que não adianta vir nem mesmo à janela...

E disse A. R. Ammons: "...posso ser feliz e triste..." E flor de pêssego floresce em determinada árvore, determinado dia". E parece que ainda assim, com determinação anterior, algo pode talvez fugir por uma ideia que se transforma em um grande evento, complemente Nietzsche... talvez isso; mas literalmente ele diz: "As maiores ideias são os maiores eventos".