Fonte: oblogdaarte.blogspot.com
Fonte: marcelotas.blog.uol.com.br
Obviamente existe a identidade, detalhes que nos tornam sempre particulares. Mas não é disso que estou falando, estou falando acima destas particularidades. Também não estou falando dos sonhos, que são tão só nossos, mesmo parecidos com os dos outros. Eu falo de nosso enfrentamento no tocante às escolhas, no tocante às habilidades. E incentivo a intensidade a esse enfrentamento. Todos sabem que sou ateu no sentido de atendimento formal ou simpatia quanto à qualquer doutrina.
Por isso, mesmo quando olho o tamanho e a intensidade de Leila Perrone, sua magia em construir um tipo magnífico de poesia quando todos que lêem ali não identificam a poesia formal, não arrefeço... penso em minha poesia, em meus cacos de lembranças e nas paixões que tenho em determinadas coisas... Leila Perrone diz sobre Barthes: “de Sade, Barthes gostava de lembrar os punhos de renda branca; de Fourier, os vasos de flores entre os quais caiu morto; de Loyola os belos olhos espanhóis... “BIOGRAFEMAS” , diz Leila...
Sabe, continuo convidando-os a errar, a criar, a mudar, a arriscar, a valorizar mais a busca de entender que a prisão pode ser liberdade e o contrário... E que tudo é permitido quando conseguimos estabelecer uma disciplina sem cartões de ponto... Comece por qualquer ponto e em qualquer ponto pare, mas não deixe de começar, e de recomeçar...
Quais teus biografemas? De que detalhes lembra de alguém? Lembra daquela xícara trincada? Daquele tipo de sorriso de sua tia? Lembra-se daqueles latões e peças de ferro amontoados? Lembra-se do dia em que acompanhou o vôo daquela borboleta que nunca esqueceu? Aqueles botões na gaveta, o vidro com pedras ou pequenos objetos? Daquele bichinho morto? Pois bem, essa é tua vida, é a alma que você vai levar...
Se olharmos as pessoas grandes demais perante nós, seja pelo conhecimento, realização material, ou qualquer outra característica, e desistirmos de investir no mesmo que ele investiu, mesmo atraídos pelos seus universos, seremos uns bostas.
Ninguém quer ser um bosta, nem os mais humildes. Essa resistência é que dá luz às nossas vidas, essa capacidade de percebermos, meio sem perceber, que tudo é como Nietzsche percebe de maneira mais profunda em suas análises filosóficas.
Tudo é uma repetição, mesmo nós somos uma repetição. E ainda assim continuamos a aprender, a desenvolver, a trabalhar...
Obviamente existe a identidade, detalhes que nos tornam sempre particulares. Mas não é disso que estou falando, estou falando acima destas particularidades. Também não estou falando dos sonhos, que são tão só nossos, mesmo parecidos com os dos outros. Eu falo de nosso enfrentamento no tocante às escolhas, no tocante às habilidades. E incentivo a intensidade a esse enfrentamento. Todos sabem que sou ateu no sentido de atendimento formal ou simpatia quanto à qualquer doutrina.
Todos que me conhecem sabem que tenho uma estranha crença em um particular Deus que guarda os deuses de todos e neles é tido. E que minha crença em deus é meio panteísta (só meio, eu disse), Deus está em todas as coisas e “em nenhuma delas” para que sejam livres. Creio que esse deus criador, apesar de não segurar a faca do assassino antes que esse cometa a perfídia, influencia num limite que só ele sabe qual é, e por isso as estranhezas são presentes e os cientistas são no final das contas limitados em suas explicações.
Embora eu prefira a ciência à religião, é justamente através da ciência que percebo a genialidade do aparelho intelectivo (mesmo que em nosso caso, humano, seja não muito –para alguns cientistas- mais que o mesmo dispositivo de defesa ou procura de recursos vitais existentes no radar de um bicho qualquer, de uma simples formiga, por exemplo), e percebo a genialidade intelectiva como chances de haver "deus" ou "deuses". Esse Deus (a natureza, sua lei primordial) protegerá sempre o aprendiz, o empreendedor... O protegerá em sua natureza de menor perante o maior, desde que compreenda a felicidade não como quantitativa... Nem sempre o mais habilidoso no violão, consegue dar mais prazer, e o principal: não é o mais habilidoso que sente mais prazer em sua habilidade.
Por isso, mesmo quando olho o tamanho e a intensidade de Leila Perrone, sua magia em construir um tipo magnífico de poesia quando todos que lêem ali não identificam a poesia formal, não arrefeço... penso em minha poesia, em meus cacos de lembranças e nas paixões que tenho em determinadas coisas... Leila Perrone diz sobre Barthes: “de Sade, Barthes gostava de lembrar os punhos de renda branca; de Fourier, os vasos de flores entre os quais caiu morto; de Loyola os belos olhos espanhóis... “BIOGRAFEMAS” , diz Leila...
Sabe, continuo convidando-os a errar, a criar, a mudar, a arriscar, a valorizar mais a busca de entender que a prisão pode ser liberdade e o contrário... E que tudo é permitido quando conseguimos estabelecer uma disciplina sem cartões de ponto... Comece por qualquer ponto e em qualquer ponto pare, mas não deixe de começar, e de recomeçar...
Quais teus biografemas? De que detalhes lembra de alguém? Lembra daquela xícara trincada? Daquele tipo de sorriso de sua tia? Lembra-se daqueles latões e peças de ferro amontoados? Lembra-se do dia em que acompanhou o vôo daquela borboleta que nunca esqueceu? Aqueles botões na gaveta, o vidro com pedras ou pequenos objetos? Daquele bichinho morto? Pois bem, essa é tua vida, é a alma que você vai levar...
Lembre-se das pessoas, das coisas, das particularidades e não tenhas medo de crescer o suficiente para calmamente errar e recomeçar... Para quem digo isso? Para aqueles que se tornarão de alguma forma minha família de sempiternos... Com os quais sempre aprenderei, e aos quais passarei o que sei, inclusive meus erros... E minha ambição? Estar entre os biografemas de alguns... de suas lembranças...