Dante,
Quando ouço a frase "Isso/aquilo é coisa de macho", fico pensando: que porra é essa? Por outro lado, sempre disse para o meu filho que para ser e assumir-se como homossexual é preciso ser muito macho. Aparentemente, temos um paradoxo. O mesmo meu filho um dia me perguntou: "Mãe, por que quando a gente fala 'Oh! seu viado?' um monte de gente/homens olha para trás?" Arrisco uma resposta: as palavras são o não-saber transformado em linguagem - e aqui não-saber não é sinônimo de ignorância. É o saber que não se quer saber, é saber que se deseja "jogar para debaixo do tapete". Coisas de Lacan...
Rock é rock. Blues é blues. Bono Vox (lindo!) é Bono Vox. Rentato Russo (brilhante!) é Renato Russo. E quem queira ser macho que se assuma. Como? Não sei, pois sou mulher...
Inês.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
O BLUES NÃO É DE NINGUÉM. O ROCK NÃO É DE NINGUÉM. PORRA NENHUMA É DE NINGUÉM, AFINAL, SE PRESTAR-SE BEM A ATENÇÃO.
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prigrassmann.blogspot.com
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cidadesaopaulo.olx.com.br
avaxhome.ws
kalamu.com
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O rock se iguala ao amor/ódio em seu todo e ao romantismo (excluída aí a concepção simplória vinda das escolas 'ismos'), considerando-se os quasars de nome amor, liberdade e poesia. O rock está ainda por ser entendido como esses próprios valores. Impossível alguém se apropriar dele, tem loucos que até fogo em igreja colocaram (Europa), com ligação a ideologias que conseguiram colocar uma aliança maldita com o rock.
Bono Vox, não tão afoito quanto Bob Geldof, todos sabem, move uma campanha social com bastante engajamento há décadas. O 'puro' e bom pai do rock, nosso Blues, do qual alguns pensam que (como diria o chefe índio Seatled) podem simplesmente se apoderar, dizer "é nosso" (que merda é essa?) em nome de conhecimentos enciclopédicos (que tem seu valor, mas não dá carta de propriedade) ou por saber copiar (alguns melhorar, reconheça-se, e mais ainda que alguns copiam maravilhosamente) acordes, copiar vários autores genuínos, bandas... Pois bem, o Blues foi uma fuga, que FUGA, e o que gerou... Uma fuga da brutalidade do grande lobo do homem, o homem (Hobbes).
Blues é ar, e puro é melhor... Mas ar é ar, em toda esfera e circunstância, desde que o oxigênio se libertou (é um resíduo, se não me engano das mal assistidas aulas de biologia no velho Presiddente Vargas de Dourados) para ajudar na criação da Terra.
O Blues é de todos, de ninguém; está em tudo e em todos, mesmo que esse todos não saibam... Quem nunca chorou? Quem nunca se entristeceu? Quem nunca odiou? Quem nunca pensou "O homem é uma besta"? Quando cessarão perguntas como: "Quem é melhor, Beatles ou Rolling Stones?". Um cara aí, da mídia, parece-me, disse que a Adele só grita. Ramones é punk? São os pais do punk? Para mim, por exemplo a maior banda punk, o Clash, não é punk... e aí?
Tá, não sei porra nenhuma de rock... Mas tenho a carta de direito de gostar de rock, de blues, e de falar o que quiser, errar sobre eles, até que um inteligente me mostre o erro ou me convença a novas interpretações das coisas... Ou então, paixão nestes trecos e pronto, gosto não gosto e pronto, mas, portas fechadas ou dorzinha de totó, bem, é coisa de macho? Não sei e isso não me incomoda, e toco no aspecto porque me incomoda essa merda toda de relacionar rock com fálico e beberragem baratos. Se o é, é tudo então, ou nada, e pronto...
o BLUES NÃO É DE NINGUÉM. O ROCK NÃO É DE NINGUÉM. NENHUMA PORRA É DE NINGUÉM (conforme Lautreamont, o rei da desordem frasal)Segue-se, seguimos...
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
ROCK É COISA DE MACHO! TÁ...
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midiainteressante.com
perdinabolsa.blogspot.com
sweetlipstick.blogspot.com
globomidia.com.br
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(importado do facebook) ROCK É COISA DE MACHO! TÁ... SEI... Bom dia a todos em resposta aos bons dias gentil e comumente vindos via face, e também em igual tom a todos que 'aqui' vem, estão, são.
LITERATURA; o que é literatura? Sartre, filósofo sabidamente de maior inquietude relacionada às mazelas sociais (foi prisioneiro do nazismo, acreditou em Mao Tse Tung, brigou com Raymond Aron -o cara-), não teria escrito um livro "O QUE É LITERATURA", se não fosse tão importante para a sociedade, e o fez, e isso é só um átomo de provas. QUE É LITERATURA? É a inteligência humana, é onde o homem encontra o suporte para idéias e impressões verdadeiramente importantes. Não há como produzir inteligência sem a literatura, embora existam vários literatos e estudiosos completamente idiotas.
O QUE É LITERATURA? É o que impede se sustentar inteligentemente frases estúpidas como "rock é coisa de macho" (como assim? Nem vou citar nomes que são tantos... E é bom nem falar na fragilidade de biografias de grandes "comedores") que merda é essa??? Solapar Renato é meramente falta de inteligência e compreensão do todo e lamento que pessoas que considero imensamente inteligentes e sensíveis entrem numa barca furada desta, mera conversa fiada. Renato seria capaz de ser guitarrista virtuoso, um pintor de alto grau, um piloto de fórmula 1, um escritor poderoso; Renato Russo seria qualquer coisa no mundo que quisesse, acima da média; nasceu gênio; sorte nossa que escolheu o rock e usou a melhor plataforma rockeira que existe, o punk, e depois deu o fora para exercitar o que mais lhe afligia, os males românticos ligados aos seus amores e à sociedade...
Rock, coisa pra macho... coisa de macho... sei não, frase de bosta do caralho.
ROCK É CRÍTICA, É MUNDO, E SE É PINGA E ROLA NA XOTA, É MUITO, MAS MUITO, MUITO MAIS QUE ISSO, ROCK É O TODO E O ESPECÍFICO, E SÓ SUJA A BOCA DE QUALQUER IDIOTA QUE RESOLVE FECHAR PORTAS, ROCK É ABERTO, É UMA PROSTITUTA DA MAIOR DELAS, A ARTE, E ACEITA O AMOR DE TODOS, E SÓ!!! COISA DE MACHO ÀS VEZES É TAMBÉM SER INTELIGENTE E PENSAR UM POUCO ANTES DE FALAR MERDAS.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
O CANSAÇO REVIGORANTE DA MEDIOCRIDADE
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
reviewdorafa.blogspot.com
danmihalache.wordpress.com
popsubculture.com
umcaosemlimites.blogspot.com
portraitof-a-life.blogspot.com
radricci.blogspot.com
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
CARTAS DE INÊS SEMPRE VIVA (FUGIR DO TEMA, REDAÇÕES, SOUTH PARK)
Ontem você caprichou no tema... Aliás, a redação é um dos "bichos papões" (será que ainda hoje os pais assustam seus filhos com essas criaturas?) da vida acadêmica desde o nível fundamental até a universidade. E o famigerado "você fugiu do tema" persiste. Em tempo de carnaval, prefiro "atravessar o samba" e dizer que a vida é muito mais do que "fugir do tema": a vida é pegar qualquer tema e transformá-lo em coisas legais como tolerância, paciência, um tanto de caridade, porém, sem a hipocrisia de candidatar-se a um lugar no céu...
Já os profissionais da Educação, estes são um "caos" à parte: alguns brilhantes - me lembro até hoje de minhas três professoras de Língua Portuguesa do 1o. e do 2o graus (os atuais ensinos fundamental e médio), Adair, Marta e Cida Bilac, que além de Língua, Literatura e Redação tinham lições de vida para nos ensinar. Dante, se o sujeito é uma nulidade como ser humano, como queremos que ele seja um bom educador?
Também gostei da série de palavrões entremeados ao texto, todos apropriados. Aliás, descobri, graças ao meu filho, um desenho norte-americano super-legal, South Park, verdadeira lição de que no país do politicamente correto é também correto fazer chacota de si mesmo, sem a hipocrisia que demite um cara inteligente e sagaz como Rafinha Bastos porque ele fez uma piada com a filha de um determinado cantor de música "sertanojo".
POR QUE A REBELIÃO DE LÚCIFER?
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS:
dubfilmes.blogspot.com
a-casa-real-de-avyon.blogspot.com
portaldaluz.com
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rosangelaferrisangels.blogspot.com
blogprocurandoeles.blogspot.com
Meu crítico orientador, Bloom, diz que somente a obra shakespeareana rivaliza com a bíblia. Estou com ele, em parte, e fuço coisas literárias do cânone judaico-cristão... Mas, sinceramente, a maioria das coisas bíblicas que 'fuço' ou são 'pops' ou nem mesmo estão na bíblia diretamente, sim em ondas históricas, cabalísticas, apócrifos, ou mesmo resíduos já presentes em outros livros.
Fé? Fé demais não cheira bem. Crer em Deus é muito mais de fórum íntimo, escandalizar tua fé é despropósito social.
Propagar, evangelizar, deve ser um pouco mais inteligente, em respeito a um Deus tão sutil "Veja a Natureza"...
Pois bem, entre todas as tolices fracas sob o ponto de vista de propósito, argumentação, para a questão da Rebelião de Lúcifer, encontro o "ele sentiu inveja dos seres humanos, quando Deus nos criou", uma tolice, isso é inaceitável mesmo para um médio pensamento, se refletir com liberdade na questão. Mas, sabendo-se que o homem torna-se cretino até mesmo de maneira surpreendente a si próprio se faz uma varredura em seu ser, no que tange à natural busca de poder e status, sim é possível imaginar que o Archanjo número 1, se tinha parte de nossa essência, possa ter se sentido profundamente lesado em ter que curvar-se a Jesus ou à Virgem Maria, e 'o pau comeu'...
Isso me interessa... É nisso que tenho me curvado (com importância ao lado fantasioso da 'coisa') para escrever um livro que espero levar à cabo ainda em 2012. Não lesarei no livro a beleza das coisas cristãs, em respeito ao espírito dessas coisas, e não em razão da papagaiada e micaiada que sai em nome de Deus por um bando de oportunistas ou fracos de espírito, dos quais procurarei me distanciar o máximo possível quando estão imersos em fanatismo oportuno, fazendo-se crer que vivem à cozinha de Deus, encostados na pia, tomando cafezinho e dizendo, pois é Senhor, querem saber mais das coisas aqui que "nós" os "verdadeiros" cristãos, superiores até mesmo aos "verdadeiros" socialistas.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
VOCÊ FUGIU DO TEMA, OH SANTO CRISTO!!! E SANTOCRISTO NÃO SABIA O QUE FAZER...
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS:
sabordebaunilha.blogspot.com
luispellegrini.com.br
humortalha.com
fotocomedia.com
Diziam professores "ginasiais" ( pré ens. médio), "você fugiu do tema". E depois no médio, "você fugiu do tema". E nesse período viria uma frase libertadora "surreal demais", criticava um professor. Eu não tinha a mínima idéia do que se tratava o surrealismo. Eu me esforçava para fazer boas redações, eu queria aquela minúscula glória que transforma a alma de meninos, o elogio. Mas ele não vinha. Não de professores, pelo contrário, vinham desestímulos, muitas críticas sobre a confusa abordagem que eu fazia de concretismo e outro ismos. Mas, sem chororô... É assim mesmo, e de alguma forma havia compensação, alguns amigos de turma reconheciam em mim ao menos alguém que gostava de escrever... fosse torto, fosse o quê.
Que porra é concretismo? Que papel a merda do concretismo desempenha de fato nos espíritos juvenis que buscam a porra da escola para enriquecer o espírito, avançar na prática intelectiva que além de os colocar profissionalmente dará evolução espiritual... Oh, Santo Cristo. E eu precisava da fuga, eu precisava correr como Beethoven fez, e pelo mesmo motivo, em "Minha amada imortal". Viria então a terrível palavra, carregada de toneladas de equívocos "de toda parte possível", "mo-no-gra-fia", como pronunciaria Renato e o fez com a maldita "Te-Vê".
A monografia é afinal uma impossibilidade de o termo sofrer um mínimo sequer de fuga da simplicidade. Mono, um apenas; grafia, escrita; mais óbvio impossível: escrever sobre apenas uma coisa. Mas falar de um lápis, por exemplo, evoca sua fábrica, tudo que escreveu, sua história. Então a monografia tem um "problema". Um professor arguto escreveu certo dia sobre monografias: "se você não tem um problema, você tem um problema". Professores acadêmicos idiotas costumam transformar isso em um terror, em uma prática torturante, como a maioria dos pontos que são trabalhados em metodologia científica, termo que dá arrepios geralmente em todo ser estudante assim que é proposto. "Você fugiu do tema"; "Você não tem um problema de pesquisa".
Sabe, essas são merdas muito mal explicadas por professores de merda que costumam escrever em enormes trechos produzidos a suor sangue e lágrimas "melhorar" (sem dar uma mínima pista, melhorar o que, caríssimo? Mostra-me, da-me pistas, é teu papel, 'mestre'...). Um professor de verdade trabalhará essa porra de fugir do tema com jogo de cintura, que é o que todo professor deve ter se entende que isso de dar aulas é mais que ganhar o pão e disso até o fim dos séculos será indesviável. E trabalhará com simplicidade a explicação sobre problema de pesquisa, que é afinal só escolher uma especificidade no geral.
A incongruência que levará toneladas de professores aos caldeirões luciferianos é o seguinte, além de ser o fato de ele fugir do básico do básico que é explicar com inteligência, com clareza, o que é de fato uma construção de pesquisa, não apoiar mesmo, de verdade, seu aluno na formação da estrutura do trabalho proposto e sem frescura no rabo mostrar uma linha que sustente do começo ao fim a condução da suposta curiosidade acadêmica em favor da ciência.
E, POOOORRRAAAA, não é para exigir que o acadêmico apresente talentos de escritor, uma revolução teórica (o que até pode acontecer, mas não é a finalidade) é apenas uma verificação se ele consegue estruturar razoavelmente em sua língua um assunto científico e explicá-lo, em parte a sua maneira, dizer o que pensa desse assunto que pertence a sua área, tocando nos pontos principais. Não é uma revolução tecnológica, científica, é apenas uma demonstração de domínios, razoável, em média. De resto irão ao mundo da pesquisa aqueles que de fato se sentirem impelidos.
Claro, deve haver cobranças, determinado rigor é lei em se tratando de pesquisa acadêmica, de produção científica. Mas, terror não, isso é de professor bosta, que precisa de tratamento de cuca, de terapia, para não fazê-la sobre acadêmicos que carregam uma herança maldita construída em parte por nós, professores. Os melhores professores que tive, entre eles a melhor entre os melhores, Rosana Zanelatto, nos fazia produzir conhecimentos, sem jamais a metodologia científica usurpar o papel principal, do saber de fato. E o modo simples que ela faz isso demonstra claramente que está ao alcance de todo professor que queira de fato cobrar uma monografia e não fazer do ensino um meio infernal de mostrar o quanto ele pode ser improducente e desestimulante, aí sim... TOTALMENTE FUGIDO DO TEMA! Um professor estúpido que lança mão de estratégia indigna como esta, dizer simploriamente "você fugiu do tema" e só, é no mínimo um covarde e ultrapassado. Oh, Santo Cristo... Monografia não é fácil, mas não é o Jason, não pode ser... Jasons são os péssimos profissionais da Educação, que perpetuam suas bundas e pegadas em solo sagrado para uma humanidade de fato inteligente.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
INÊS SEMPRE VIVA... SEMPITERNAMENTE VIVA... INÊS SEMPRE-VIVA
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
pt.wikipedia.org
mortenahistoria.blogspot.com
fotografiacatarina.blogspot.com
armazemoficinas.com.br
ruimedeirosfotografia.blogspot.com
murall.com.br
brumadinhotour.com.br
hipersessao.blogspot.com
cultivando.com.br
SOBRE INÊS DE CASTRO, PERSONAGEM A QUAL DEDICA ATENÇÃO ALMAL E NÃO SOMENTE TEÓRICA:
"Apesar de todos os perdões solenemente jurados, D. Pedro, logo que subiu ao trono, conseguiu que o rei de Castela lhe entregasse os conselheiros de D. Afonso IV que tinham decidido a morte de Inês e fê-los executar com rigor atroz, que impressionou os contemporâneos. Em 1360 anunciou formalmente que chegara a casar secretamente com Inês de Castro e, pela mesma ocasião, mandou construir os monumentais túmulos de Alcobaça, que são os mais notáveis exemplares de arte tumular existentes em Portugal" (José Hermano Saraiva, História Concisa de Portugal, Publicações Europa-América).
SOBRE AS FLORES SEMPRE-VIVAS:
Formadas na primavera, suas folhas são extremamente duráveis. Não são comumente cultivadas em vasos devido à alta necessidade de sol direto. Quando plantadas em jardins, são usadas em conjuntos isolados ou renques (http://.cultivando.com.br/)
INÊS SEMPRE VIVA
Sou Inês Sempreviva: Inês porque ela é a lenda viva na alma não somente lusitana, mas em tantas outras sociedades ocidentais e orientais. Ela é o ser dado em sacrifício de amor e que não morre jamais. Daí o epíteto seguinte: Sempreviva, uma homenagem a uma flor singela que nascia nos jardins abundantemente em meus tempos de criança. Minha avó as tinha em seu jardim. E elas pareciam nunca murchar ou fenecer. Hoje não encontro mais as flores, porém, sua lembrança vive em minha memória.
INÊS SEMPRE VIVA:
sobre o blues, uma vez orientei uma dissertação acerca de um livro da norte-americana Toni Morrison. Em inglês o título era The bluest eye. Meu primeiro problema foi com a tradução em português: é o O olho mais azul. Aí comecei a pensar que blue/blues não é traduzido somente como azul: é também a tristeza, a melancolia, o sofrimento daqueles que pouco ou nada tem e ainda são expoliados. Não foi à toa que o blues surgiu entre os negros norte-americanos. E que o (bom) rock and roll mantenha essa "pegada" melancólica. É uma reflexão a partir da sua.
Você também escreveu sobre o filme O diabo veste Prada, com a esplêndida Meryl Streep. Sim, há o trecho em que ela / Miranda, para testar sua nova assistente, lhe pede para conseguir as provas do Harry Potter, além de outras coisas mirabolantes. No entanto, vamos mais à frente: você se lembra de quando Miranda se despe de sua personagem, de sua maquiagem e é vista chorando porque mais um companheiro se foi? Você se lembra de quando parece que Miranda "passou a perna" em seu fiel escudeiro e colocou sua inimiga na "boca do leão"? Dante, acredito que são essas sutilezas que salvam algumas produções cinematográficas, teatrais e literárias, com exceção, é claro, dos PC's da vida, sem redenção possível. E nos salvam da banalidade de notícias e de acontecimentos como a tal grávida de quádruplos, na "crista da onda" já há um tempo mais do que necessário.
ERRAR É POÉTICO, PERDOAR É HUMANO.
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS:
oolharcidadao.wordpress.com
cineclubedelirio.blogspot.com
miltonribeiro.opsblog.org
lituraterre.com
quemdisse.com.br
ERRAR É POÉTICO, PERDOAR É HUMANO. "Liso como o ventre de uma cadela fecunda, o rio cresce sem nunca explodir. Tem, o rio, um parto fluente e invertebrado como o de uma cadela" (Cabral de Melo Neto). Os poetas levam às últimas consequências essa condição. Como erram, como escrevem besteiras, são irresponsáveis mesmo no limite da responsabilidade. Escondem aquilo que deveria aparecer, fazem aparecer aquilo que deveria ser escondido. Blasfemam, ofendem, infantilizam. E por mais perfeita que seja a linguagem, até clássica ou arcaica, é ofendida (Lautreamont, exemplo mais perfeito impossível). Profetas e poetas, casca grossa de erros, miolo futurístico, acertam primeiro (Bloom); o toque perfeito nas coisas nasce da feiúra de uma mão orc.eana, a tinta azul, a tinta preta, o dizer confuso como da boca de um ébrio em seu limite antes do sono atormentado e ressaca abismática. Quer a verdade? Ela é acessível, está em mãos precisas como de Cabral de Melo Neto... Ou de Renato, "como? você tem 3 deuses, é ao mesmo tempo um, e você matou um deles, aquele que veio dizer 'amai ao seu próximo como ama a ti mesmo'? Não entendo isso tudo... Parecem erros, errar é humano... mas errar sob a tinta é poético... A poesia é toda humana, péssima como no certanejo uniwerçitário boa como em Cabral, mas toda ela é humana e desumana; por isso seguimos, ou recorreríamos a Nerval, usaríamos todos sua gravata bem antes da Senhora de Saramago vir para a condução ao Encontro. Seguimos... é um domingo, um belo domingo talvez morno, abafadão, ou chuvoso, um belo domingo... tereré, violão e filosofia barata, bravatas... erros... poesia, seguimos... (a vírgula está errada em Cabral 'tem, o rio,', e errado ele falar em parto invertebrado) Errar é poético sob titãs como Cabral, O CARA. Seguimos, temos Cabral, que fez Bial ao entrevistá-lo suar frio ("Poeta, o Brasil chora?"; "filho, não entendi... pode reformular?) nem assim conseguir perceber a própria mediocridade... nem um BBB consegue fazer com aquela voz de radiola estragada... Oh padrão globo de compadraiada nepótica... Você pode mais, mude... Mas, seguimos... 1984 é para todos, Orwell e seus porcos vermelhos ou azuis... Porcos orwellianos no comando, é domingo, dia de filosofias para todo lado, rasas... loucuras linguísticas e linguais... ERRAR É HUMANO, PERDOAR É POÉTICO, ERRAR É POÉTICO, PERDOAR É HUMANO... tereré e conversa furada, reforma do mundo à tarde... falar mal de todo mundo... delícia... Vem tarde de domingo... Perdoar é humano, errar é poético... Seguimos...
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