NEXTTERES

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NO PRÓXIMO TERERE SEMPRE UMA PROSA

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A ESPERA DOS FILHOS DA PUTA





REFERÊNCIAS (IMAGENS):
bbc.co.uk
tuchogiusti.wordpress.com
diariodonordeste.globo.com
mattiascartoons.blogspot.com
O Pavão (sim, inicial maiúscula) fez tudo corretamente, tudo como convinha. Preocupado com sua imagem (é um pavão, e da espécie Padrão), rigoroso na organização metodológica, consultou-se com um dos melhores professores sorridentes a pavões, e entre as vênias pavoneadoras dos dois, esclareceu-se que viviam em um mundo e tempo adequado aos planos de todos os pavões, ainda mais de pavão tão especial. Por que momento adequado? Por que nunca foi tão fácil e barato locar a inteligência, Sartre, perante o qual Nostradamos é fichinha, teria tudo recomendado em "O que é literatura". Mas falemos de cinema, que é a praia do pavão, e literatura lhe é apenas cafezinho pequeno. Alguém mais ajuizado, da comunidade "tudo é festa", soprou-lhe "mas este título para sua performance é infeliz, coloquemos outros"; e essa sua foto na estampa que anuncia 'la película', logo abaixo do título, pode comprometer anos de penteado em que imitaste a grande matriarca Universe Pavonis. Mas, que infelizes podem ser os conselheiros, justamente em relação à matriarca é que O Pavão tinha secretas magoas com os próprios fracassos, e fuzilou o conselheiro para sempre. Então, como costumeiramente fazia, arremeteu sozinho, o Pavão, ao próprio empreendimento. O filme seria e ficaria tal como o concebera, "A espera dos filhos da puta". Afinal, eles sempre viriam, sempre vêm, é a filhadaputice prevista por Mary Shelley, que afinal triunfa... Oscar Wilde, quanto engano sobre o que dizias dos "chás da cinco"... Mas, o pavão disse, posso pensar alto, o melhor deste filme é seu cartaz, os filhos da puta vão adorar, basta olhar um pouco, e assistir metade do trailer, saberão tudo que la película quer dizer... nada. O pavão é sábio, é um vitorioso, um vencedor, sabe perfeitamente o que é inteligência, como ela funciona, como são os sistemas todos. É um pavão vencedor, que nem mesmo a mais tosca de suas aventuras, que foi imitar hediondamente uma de suas musas, o deitou. É um vencedor esse pavão, tem o direito de esperar que todos os filhos da puta do mundo venham lhe beijar os pés... oops, os pés não... Tempos de ficar, a espera dos filhos da puta.

OBS. Peço desculpas pela má qualidade do conto pois o escrevi em 15 minutos, mais ou menos, inspirado num lindo artigo da manhã eletrônica de hoje.

domingo, 23 de maio de 2010

ABUJAMRA E HAVENGAR



REFERÊNCIAS (IMAGENS)
katiadoredelicia.blogspot.com
jornalpequeno.com.br
De quem foi o acerto em "Que Rei sou Eu?"? Pode ter sido um grande acerto "químico", em uma "novela", propriamente dita, em que desfilaram grandes nomes, sem que isso causasse testempero artístico. Considerando que hoje em dia a palavra novela é completamente afetada, uma espécie de "Mel Rose", onde a estética é visivelmente discriminatória, e qualquer tentativa do contrário é mero mau disfarce para o "politicamente correto", uma procissão em que segue na frente a precursora e atrás suas caricaturas, lembrar de "Dona Xepa" e "Que Rei Sou Eu" é um alento. Saudosismo? Não sei, diz Abujamra que o mundo está ficando cada vez mais feio... "Detesto a terceira idade", diz ele, e muitas outras coisas. Vi num anúncio de algum trabalho que o envolve, e como tudo que vejo dele me agrada, me agradou muito a performance... Diz o jornalista que ao fone ele citou Valery "Os acontecimentos me enojam"... Mesmo o trecho anunciativo do trabalho, é um café de alta qualidade, vale: http://cinema.uol.br/ultnot/2010/05/23o-mundo-esta-cada-vez-mais-feio-diz-antonio-abujamra.jhtm . Até o Remo, o mais crítico sobre os críticos brasileiros, avaliza a qualidade do que diz Abujamra, aliás, Remo veio afirmar isso após a afirmação do mais radical crítico dos meus amigos, o Rone, popular "Yellow" sempre trazer 'coisas' do "Ravengar", que pescava aos montes em "Provocações". Não estamos mortos, ou a morte é vida, mesmo carregada de tédio a cada segundo... Existem caras que falam inteligência... valem... valem certos momentos de escuta e leitura... O mundo ainda tem beleza... tem bruxarias do espírito de Havengar...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

PRECISAMOS DE HEROIS E DUNGAS








REFERÊNCIAS (IMAGENS):
virtualfantasymanager.blogspot.com
masao.wordpress.com
mitografias.wordpress.com
heroidentronos.wordpress.com
blogdaiisa.wordpress.com
denilsonmartins.blogspot.com


Sempre achei o Dunga parecido com o Arnold Schwarzenegger. Não sei muito do ator a não ser um pouco de sua engessada, peculiar performance no cinema. Apesar de ele ser elitista, do pouco que lhe tirei de persona, posso considerá-lo, por enquanto, até não saber mais, um "boa praça". Já, sobre o Dunga, em relação ao Exterminador do Futuro, sei um pouco mais da realidade. Eu passei uma temporada forçada (mas sob muitos pontos de vista agradável e definidor a bem, na minha vida) em Porto Alegre-RS, e lia vez ou outra matérias sobre ele. O que tenho de marcante sobre Dunga é considerável, levando-se em conta meus focos prioritários, bem outros que o futebol. Lembro-me que a palavra "raça", no contexto futebolístico pode, no Brasil, ter o sinônimo de Dunga. Não tenho dúvida alguma de que sua influência na vitória da Copa dele, Romário, Taffarel, Branco, Jorginho, Bebeto e outros não menos importantes, foi muito acima da média, foi um tempero perfeito. Sua "eterna" cobrança de pênalti, a particular comemoração para si e para o clima de "guerra" que paradoxalmente faz o futebol nos tornar mais civilizados. O retorno dos "heróis" daquela "Copa da era Romário", foi estampada em uma versão crítica sobre uma acusação de que os jogadores se valeram do voo CBF para trazer muamba (mercadorias não devidamente declaradas, eletrobrinquedos, eletrodomésticos, agrados para familiares, coisa pouca -em determinado sentido-), até neste momento Dunga sai ileso do crivo da Veja, pois o colocam com o troféu, na foto, e não carregando quinquilharias, aliás uma grande escolha (como quase sempre) do pessoal da Veja. Tempos depois o Dunga teve uma pendenga financeira com o Internacional, e houve muito blablablá sobre isso. Quando ele pegou o dinheiro, transformou-o em doação para uma Instituição de Caridade. Durante o periodo preparatório para a Copa do Mundo, com a seleção, se conseguiu a dificil glória futebolística não sei, pois meu entendimento de futebol é de fato pequeno, mas parece-me que os resultados dizem mesmo a seu favor. E a meu ver, de fato ele resgatou (ao final) uma tradicional valorização brasileira (que os mercados europeus de futebol, principalmente, começaram a pôr em cheque) sobre a luta pela esquadra do país. Somos apaixonados por futebol de forma distinta, precisamos de heróis nele, merecemos esses heróis. Mas, em minha singela opinião, penso que também precisamos de Dungas. Há amigos meus que eternamente me chamam de ingênuo e insinuam neste caso que por detrás de um coringa ou um Dunga pode haver muito mais do que sonham os ingênuos como eu... Mas, devo confiar em minha intuição quando não há evidência científica. E acho que nesse país ainda com um histórico campeão mundial de pilantragens políticas, justamente onde deveria haver gente comprometida com uma verdade ética inquestionável, é preciso haver alentos. Se o Brasil perder a copa (prefiro que seja para a Holanda, Inglaterra ou Espanha), ficarei muito triste, mas se isso acontecer e o Dunga sair vitorioso, acreditarei mais em nossas chances de ser uma nação. Talvez a vitória do Dunga sobre a derrota represente mais do que se meter em vespeiros sem sólidos planos B, C, D, E, e sabe quantos mais, pois essas brigas milenares não são coisa pouca.