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NO PRÓXIMO TERERE SEMPRE UMA PROSA

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

QUE HÁ MAIS QUE ISSO? CREIO QUE NADA...

FONTE: marcaustico.blogspot.com


FONTE DA FOTO: charagoesquerdo.wordpress.com



FONTE DO CLIP: YOUTUBE.COM



Que há mais que folhas verdes, recém nascidas, clarinhas, disputando palmo a palmo a cabeça para o sol... Que há mais que folhas verdes forte, sem compreender nada do mundo pois perderam o domínio de mundo que a inocência lhes dava... Que há mais no mundo senão as folhas amarelas, estupefatas, descobrindo que a morte ainda não perdeu seu domínio, embora Dylan tenha razão... Que mais há senão a ausência das folhas, muito depois que a vida em leão e mulher atirou-se mortalmente ferida pois um amaldiçoado tirou a razão de suas perguntas, e o homem engatinhou, andou, e depois apoiou-se no cajado... (JORGE, 2008, baseado no que vai abaixo, do filme com Murray e Johansson, e principalmente de "More Than This", canção de "Lost in translation")
Não dou a mínima sobre a revelação de alguns desejos, por exemplo, o desejo sobre os seios enormes da loira no momento (2008) preferida por Allen, enormes, caindo um pouco de tanto peso, bicos nem grandes nem pequenos, rosados... Scarlett Johansson... Bem, na realidade, agradeço ardentemente a natureza pois em um momento acho lindos os seios grandes, noutro a seguir prefiro os pequenos... Agradeço ardentemente à deusa Natureza por me ter feito cão vira-lata, é uma delícia... Pois, mesmo os vira-latas, sabem o segredo de suas fixitudes e a beleza de trocar de amadas de cinco em cinco...
Não sou pornográfico, a não ser o suficiente, aliás, não curto pornografia, se posso me fazer entender, aquilo baratinho... Nelson soube explicar o que é ser pornográfico sem ser baratinho...
A ficha técnica de um filme maravilhoso da filha do Coppola, a Sofia, está aqui: Original: “Lost in Translation”, em português, “Encontros e desencontros” (ôôôô tacada errada).
Bem, o marido de Scarlett, no filme, é um fotógrafo às corridas profissionais (feito por um ótimo ator) que a deixa só. Bill Murray, que felizmente fez esse filme antes de morrer (ainda está vivo), em decadência na carreira de ator (há uma correlação entre vida e arte), propagandeia em Tokyo, uísques miseráveis (mas os faz parecer maravilhosos). Os dois, Scarlett e Murray, com insônia, produzem um perdidos em transação de espaços e tempos noturnos que quaisquer palavras aqui tentando explicar sofreriam com a competição da força esmagadora da “realidade” do filme, e ficariam patéticas. Então só digo que é um clima de uma espécie rara de noturna realidade alucinada, que Marquez consegue em 100 anos.
Scarlett põe uma peruca rosa, e dá um sorriso maravilhoso como o da Isis misturado com o da Isis Jorge... japoneses tontos, como só eles sabem ser, dão um show de alegria no filme Lost in Translation, e minha inveja deste tipo de coisas vai à atmosfera... Hoje o Patrik me deu um abraço, e disse que o nome dele não tem a letra “c” antes da letra “k”. E a Carol Cleópatra Moderna disse coisas que só a Carol Cleópatra Moderna sabe dizer... E a Lourão disse, “mantenha o blog em dia”. Sabe, a Lourão, cujo apelido foi traído pelo Patrik, é uma grande promessa! Eu apostaria nela!

Olha só a tradução... E olha só o clip. Vale também ir no Youtube e puxar a versão do 10.000 Maniacs “More than this”... Um tesão... falando em tesão, hoje a Isis disse para o Patrik... Bem, isso é com a Ísis, mais que com o Patrik, apesar de o Patrik,
Olhem a tradução, vou por na íntegra, que porra de poesia linda!

More Than This (tradução)
10000 Maniacs
Composição: Indisponível
Mais Do Que Isto Eu podia sentir na época, Não havia nenhum modo de saber:Folhas caídas na noite, Quem pode dizer para onde elas estão soprando? Tão livres como o vento, E esperançosamente aprendendo Porque o mar durante a maré Não tem nenhum modo de voltar...Mais do que isto - voce sabe que não há nada...Mais do que isto - me diga uma coisa...Mais do que isto - não há nada...Foi divertido por um tempo, Não havia modo de saber: Como o sonho na noite, Quem pode dizer para onde estamos indo? Nenhuma preocupação no mundo, Talvez eu esteja aprendendo Porque o mar durante a maré Não tem nenhum modo de voltar...Mais do que isto - você sabe que não há nada...Mais do que isto - me diga uma coisa...Mais do que isto - você sabe que não há nada...Mais do que isto - você sabe que não há nada...Mais do que isto - me diga uma coisa...Mais do que isto - não há nada... (FONTE DA TRADUÇÃO: LETRAS.TERRA.COM.BR).

sábado, 15 de novembro de 2008

A ÍNDIA DA TORRE NORTE - MUITO APÓS O "DESCOBRIMENTO DO BRASIL"



                                                    FONTE: banco.agenciaoglobo.com.br
                                                         FONTE: www.galleryone.com

                                               FONTE: ainterpretacaodotempo.blogspot.com


" [...] Quem modelou teu rosto, quem viu a tua alma entrando, quem viu a tua alma entrar... ...Será que você vai saber o quanto penso em você [...]"

Dizer que é correto aceitar todas as criações imaginativas em nome da arte, sim; mas ou é nicho ou nada de cultura de massa, isso é sempre coisa de algum tipo de tirania disfarçada, principalmente em início de algum objetivo político, geralmente muito ambicioso, ligado a tal infernal atitude de engajamento, arte em política, simplesmente merda.

Embora eu procure respeitar os amigos próximos, quando estão próximos, sinceramente... convenhamos, há patamares... A abelha operária é tão linda quanto o leão, mas o leão, bem... ele é o leão, sabe? Falando em “sabe”:

Oh Renato Russo, poeta imortal, poeta do mais fino e raro composto vital: pessoa estelar: “tenho andado distraído...”, pois me disseram que “o futuro não é mais como era antigamente”, (Seu Deus é ao mesmo tempo três, e vocês mataram um?), "Só a verdade é que liberta, venha que o que vem é perfeição...", "Descobrimento do Brasil", Renato Russo é genialidade, fim de papo.

A ÍNDIA NA TORRE NORTE

Quando pego a estrada norte vejo uma mulher no alto de uma torre, seus cabelos de índia americana e seus olhos de uma prisão estranhamente consentida -e não, pois é da ampla existência histórica patriarcal- 

Suas palavras doces e balbuciadas são ouvidas por mim ao longe da estrada... Não come pão, não toma água, come somente mesma marmelada que lhe dão, um mingau mágico, dizem entre si;

Oh, Natureza, tão estranha, porque dá esses caminhos raros por onde vemos mulheres nas torres?

Na torre norte não me sinto forte, mesmo nos momentos insólitos que fogem da dama, não consigo ver um segundo, aquilo que Dionísio disse “Tomem! Isso é de vocês, amem;

Oh torre tão bem construída, de que me adianta entrar pelo teu luminoso pórtico para os visitantes e errantes, de que adianta entrar pelos portões abertos com dobradiças atiçadas pelo mel, se encontro um anjo de costas, mentindo que gosta desse eternamente infantil carrossel;

De que me adianta saber que tudo está feito, que tudo é direito, que tudo é perfeito, se sou eu a chorar o não ser, o não sentir, não ver;

De que adianta a mim saber que essas contas inseguras nada valem, são joias de um terço de novena mentirosa, é baixa prosa, dá pena, que adianta a mim o saber, se não consigo o ato de coragem para no tempo guardar, o segredo do sul dos paladares... 

O chegar na ilha, pertencer/ter, paladares... Oh resultado, mero cansaço, mera compaixão pela esguia mulher da torre; ela até queria, nem mesmo sabe, mas tudo que diz a entrega, queria;

Tão linda, sequiosa, pequena, magra e gostosa, seguramente ansiosa, mas... sem a si própria há anos que perdeu conta, hoje só trêmula memória, lembro que sempre aquela guarda, algum tipo de remorso, constante, na nossa
prosa...

E a torre, passa, continua e passa, e a índia, americana, dos filmes de John Wayne que impregna 
meu inconsciente, das tardes, das tranças desfeitas,

Índia branca amarelada, morena marron glacê, mostarda; fusões perfeitas, montada num marfim de elefante, como se um cisne a possuísse, olha e não sabe, não sabe porque são invólucros de carne e magia; são as carnes, porque são as chamas, mas deixá-la a si, sempre é a melhor saída, porque da última torre somente ela que sabe

Recatai, recatai, recatai, celebrai, recatai, recatai, celebrai tua oração, linda, magnífica índia da torre... índia da torre... 

Se um dia eu não passar mais sob tua janela, tão alta, saiba, acatei teu ser, e sei, que ser não é questão às vezes... O tempo passa, soberano, acima de tudo... parece chover, parece chover... (Dante-Jorge)

sábado, 8 de novembro de 2008

LINDA PERRY, OH LINDA PERRY


FONTE: Arquivo pessoal. (OBS, SE CLICAR EM CIMA VÊ MELHOR A LINDA LINDA PERRY).


Todos os que fazem o que faço, iniciantes, médios ou grandes, conhecem o olhar irônico e faminto da página em branco. 

Conhecem o perigo que ela representa de nos desviarmos do “a que viemos”, ou de fazer o “a que viemos” aquém de nosso querer, ou pior, a ele causar variados desastres. O texto, hoje em dia não tenho dúvidas, recebido o ponto final e afastamento, é um animal de vida própria.

E conhecem o desconforto que ela, página branca, causa com o semblante que diz, assim desafiador: “o que você tem pra mim?” 

Mas, a escrita blogueana é como “surrealismo geral”, vale tudo nesse "aleatoris framentatum"; há especial liberdade, algo punk, na escrita geral blogueana.  E vim falar da Linda perry...

A LINDA PERRY, OH LINDA PERRY. Sabe, um dia o Veríssimo, durante a escrita temática no Zero Hora (Porto Alegre – RS), com tema duplo, tema 1: a família do Boca, tema 2: as férias... Bem, ele colocou o velhão da família parado e vem a bolinha do frescobol (é esse mesmo o nome do jogo), atrás da bolinha –de fresco-bol- vem uma (vamos usar a liberdade blogueana para não dizer que...) gostosa, tipo uma que “reflexou” os cabelos há pouco (de meu círculo distante de conhecidos), e fala com ele “tio...” E o sujeito pensa: “tio... se ela soubesse do que sou capaz de fazer; tio... queria que ela sonhasse um pouquinho só das estrepolias que”... e diz ele gentilmente “sim, aqui está” (a bolinha do... frescobol). 

LINDA PERRY, OH LINDA PERRY. Sabe, ela não é modelo, não é o tipo curvilínio, ela é quase até meio garrinchona, veja o clipe e entenda o que digo... Mas tenho um tesão danado por ela... Um tesão platônico, ok? Tipo do senhor do Veríssimo que alcança a bolinha de... frescobol... A vida de todos é cheia de tesão platônico; um grego contou que a raposa deu um pulo e não alcançou as uvas e disse ‘estão verdes’. Amor platônico é aquele que não podemos comer... E temos que expressar indiferença.

Mas a LINDA PERRY, OH LINDA PERRY, sabe, eu a desejo pela voz... pode uma coisa destas? Ela tem um rosto lindo... Mas o meu tesão pela Linda Perry vem pela voz... O Macaco Simão (gosto bobos declarados à parte, gosto muito dele) disse um dia comentando o carnaval, que um sujeito ao saber que a Luma de Oliveira desfilaria nua, numa carroça puxada por um burro, escreveu para eles... ‘começo chupando pelo burro’... 

Bem, Linda Perry, ela toca guitarra, LINDA PERRY, OH LINDA PERRY. Seus olhos negros e tristes... seu sorriso lindo... LINDA PERRY, OH LINDA PERRY. Bem, desincorporando esse tarado disfarçado de poeta medíocre, (vamos entender bem o sentido da palavra tarado aqui no contexto, ok? Não sejamos burros. O burro da Luma é de outro contexto...). 

Digamos que o que LINDA PERRY fez no rock foi !!!, ela marcou a ferro e fogo um pedaço grande do tempo, no circuito musical... Às vezes, muitas vezes, um ato é mais importante que trezentas peças... Sobre isso Andy Warhol disse à forma dele “todos tem direito a cinco minutos de fama”. E os artistas às vezes têm direito a cinco minutos de eternidade. 

LINDA PERRY, OH LINDA PERRY, em meu salão de coleção de 5 minutos de eternidade, paro e te olho, o chapéu estranho, a guitarra de pontas de cordas propositadamente espetados em desordem, a força em você, teus lábios, teus traços de mulher negra, teu cheiro de mulher (sim eu o sinto só de te olhar), tua beleza de infinitude... LINDA PERRY, OH LINDA PERRY. (CLIQUE NA SETA, DUAS VEZES SE NECESSÁRIO, PARA VER O CLIPE. FONTE: YOUTUBE).