NEXTTERES

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NO PRÓXIMO TERERE SEMPRE UMA PROSA

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

https://www.youtube.com/watch?v=EvX3WlJFsoE


ANTES DE ENCERRARMOS O PREÂMBULO, devo expressar uma recomendação de prudência, que repetirei muitas vezes em tudo que produzo.

A ciência, tocada por qualquer indivíduo (incluindo-se inclusive os gênios, e não somente os simples), pode produzir leitura equivocada. E me refiro a grandes mestres, imagine-se simples leitores, como é meu caso, que com superficial ou marginal posição, gosta de dividir pontos lidos, para desenvolver eterna, sempiternamente, o poder que certamente vem, de exposição com certa capacidade de trazer joias de fortuna (sentido maquiavélico, "golpes de sorte"), contatos que me farão bem. ENFIM, TODO CUIDADO É POUCO COM LEITURA; PRUDÊNCIA, PRUDÊNCIA, MAS... Sempre referencio o que me serve, para que por si próprios possam checar a verdade, com direito a contestação que será levada à sério, para melhor produção do conhecimento de geral a mais sérios, específicos e de fato com status de pesquisa.

Sobre Deus Uma Biografia - de Jack Miles Introdução parte 2/2, trata-se de completar raciocínios iniciados no vídeo de mesmo nome, mas fragmentado com 1/2. Essa completude até é curta, considerando o primeiro vídeo, porém, há algumas outras inferências ligadas a ramificações específicas do preâmbulo de Jack Miles.

Por exemplo, uma importante frase (que me fez lembrar-me com muitos risos de um debate com o grande amigo Bira - Ubiratan Borges Daniel, que primariamente debocha da minha afirmação de objetos culturais na formação geral e especificamente acadêmica de indivíduos - no vídeo explico melhor), diz J. Miles: "Qualquer personagem que "ganhe vida" numa obra de arte literária exerce algum grau de influência sobre as pessoas reais que leem essa obra". E ele lembra o poderoso Cervantes, quando põe seu Dom Quixote encontrando pessoas que conhecem um personagem literário com o mesmo nome (brilhante ironia), pois certamente influenciaria.
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Pensemos na frase citada, pelo poder dela, seu status, merece repetição em caixa alta: QUALQUER PERSONAGEM QUE "GANHE VIDA" NUMA OBRA DE ARTE LITERÁRIA EXERCE ALGUM GRAU DE INFLUÊNCIA SOBRE AS PESSOAS REAIS QUE LEEM ESSA OBRA". O esforço nessa frase é determinar a existência de extensões vitais com base em uma experiência humana que contém o espírito geral das épocas, pois apesar de uma obra ter dois aspectos muito importantes em sua crítica 1 - De fato resultam da construção estrutural, personagens, ambiente e ações, e seus significados objetivos, ligados à cultura de um tempo; 2 são, se seguida uma linha crítica nascida no século XX, chamada acadêmica, e prevalente durante décadas a expressão do que estabeleceu o autor, personagens, principalmente, lembrando a notável frase de H. Bloom, que repetirei inúmeras vezes: "NÃO EXISTE HISTÓRIA, EXISTEM BIOGRAFIAS", frase que aliás coincide com a crítica do próprio OPOSITOR dos críticos (corrente, cujo patrono, Bradley, propõe análise via personagens e suas personalidades), Knights, com seu ensaio demolidor com o títulos "Quantos filhos tinha Lady Macbeth?"; ele mesmo diz que poderia a teoria de Bradley servir à biografias, não à crítica literária.
O PRÓPRIO KERRIGAN, INICIALMENTE inclinado ao grupo "acadêmicos", pelos quais foi formado, observando-se que acabou sendo o grupo prevalente, na formação de professores que ensinam Shakespeare, objeto-núcleo da discussão de ora, veio (Kerrigan, como se dizia) a assumir-se crítico, pois, diz, "Como explicar a evolução de Hamlet, de autodepreciativo para belo e calmo?". E cita Aristóteles: "...destrinchando a misteriosa tragédia do personagem, temos de ligar começo, meio e fim", portanto, ramificações imaginativas farão de leitores infinitos "co-escritores", mais que leitores.
REITERO, REAFIRMO MEU AGRADECIMENTO AO AMIGO ELIAS HENRIQUE, PROMOTOR DA IGNIÇÃO DOS VÍDEOS "Faz logo essa porra, Dante!". Jovens inteligentes, sempre na frente, e ele sacou que eu deveria começar logo. Ele aguarda o playlist dos filmes e das músicas; farei os vídeos, farei as playlists. Geni, de Buarque (a quem dedico cordial antipatia pessoal, mas reverência artística, na música -não em livros, li Estorvo, e sei que não é na literatura o que é na música, onde a citada Geni é algo (!...!) será a primeira, homenageando justamente meu amigo Elias Henrique, que com tal música, quando a comentei, sugeriu os vídeos LOGO!

A SEGUIR ELE ENTRA no "A Biografia de Deus", de que se trata e faremos vídeo sobre tal parte e aqui o publicaremos. Obrigado a quem vê o vídeo e principalmente a quem também lê o comentário, aqui. Amo quem me vê, quem me lê, seja lá quem for, sendo eu quem lá for. Sigamos ; )

REFERÊNCIA

MILES, Jack. Deus: Uma Biografia. Tradução José Rubens Siqueira - São Paulo: Companhia das Letras, 1997

 

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